INTRODUÇÃO: A gestação figura-se como um momento singular na vida da mulher. O parto constitui um evento de grandes transformações para a parturiente e com relação à autonomia e decisão do seu corpo no momento de parir seu filho, deve sempre prevalecer a vontade da mulher. Para muitas gestantes o processo de parir no âmbito hospitalar denota um acontecimento de risco, sofrimento, violência física, expectativas e frustração, o que dificulta transformar a experiência do parto em algo positivo, gratificante e saudável. OBJETIVO: Pesquisar na literatura acerca do parto humanizado sob a perspectiva da enfermagem. Dessa forma, surgiu a seguinte questão norteadora: qual a perspectiva da enfermagem sob o parto humanizado? MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura. Para a realização desse estudo foram adotadas as seguintes fases: escolha do tema, objetivo geral, critérios de inclusão e exclusão dos artigos, análise e definição das informações a serem utilizadas, discussões e conclusões dos resultados dos estudos. Foram coletados artigos da SCIELO, Bireme, revistas eletrônicas. Utilizou-se os seguintes Descritores em Saúde (DECS): Parto Humanizado, Assistência de Enfermagem e Enfermeiro obstetra, considerando publicações dos últimos cinco anos em português, disponível em texto na íntegra. Foram encontrados 516 artigos, totalizando uma amostra de 18 artigos. RESULTADOS: Através da análise dos artigos, podemos afirmar que a enfermagem ao implantar as práticas de humanização recomendada pela Organização Mundial de Saúde, na atenção às parturientes passaram a utilizar técnicas que consideram favoráveis à evolução fisiológica do trabalho de parto e condutas não farmacológicas para o alívio da dor, como também orientações sobre formas de relaxamento no trabalho de parto, incentivo ao vínculo entre mãe e filho e a amamentação. Porém destacamos que o direito ao acompanhante, a posição de litotomia, a padronização da tricotomia, episiotomia e amniotomia algumas vezes são desconsideradas. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que são desenvolvidas práticas consideradas adequadas e inadequadas, e que não se deve esperar uma mudança apenas na postura dos trabalhadores, mas também em todas as relações interpessoais existentes no contexto, com base sempre em evidência científica buscando a proposta de humanizar o parto.