Introdução: A Organização Mundial de Saúde em 1984 definiu medicamento como toda substância contida em um produto farmacêutico empregado para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício da pessoa a que se administra. Neste sentido, o usuário deve ser visto como membro ativo no processo saúde/doença/tratamento. Assim, o usuário deve assumir solidariamente a responsabilidade por seu tratamento, uma vez que sua atitude interfere no sucesso da terapêutica. A falta de informações aos pacientes podem trazer consequências como: não-adesão ao tratamento, retardo na administração do medicamento, aumento da incidência de efeitos adversos, dificuldades na diferenciação entre manifestações da doença e efeitos adversos da terapêutica. E os riscos podem não ser apenas para si próprio, mas, em alguns casos, também para as pessoas com quem o paciente possa ter contato. O objetivo do estudo foi descrever o conhecimento do usuário com transtorno mental sobre sua terapêutica medicamentosa. Metodologia: Relato de experiência construído a partir do estágio curricular da disciplina Enfermagem na Saúde Mental, que ocorreu no período de 27 de fevereiro a 7 de março de 2016 em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e em uma unidade de saúde no município de Rondonópolis MT. Durante uma das visitas ao CAPS TA (Transtorno adulto), realizou-se uma educação em saúde abordando o tema deste estudo, público alvo de 20 participantes, duração de 40 minutos, com abordagem ativa em forma de roda de conversa, com troca de informações e cartaz ilustrativo de forma clara e objetiva. Resultados: Foi percebido que os usuários carecem de informação acerca da administração de medicamentos. Muitos deles tomam os medicamentos sem ao menos saberem para que servem, como administrá-los corretamente e por quanto tempo. Conclusão: Considera-se de grande relevância uma abordagem referente ao uso adequado de medicação psicotrópica, ou seja, como fazer, por que fazer, quando fazer, por quanto tempo, efeitos, ações e interações. A inclusão do tema e sua discussão são fundamentais para a adesão e eficácia do tratamento, possibilitando o usuário a exercer sua posição de participante, membro ativo em seu processo saúde-doença.