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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
TOQUE NA MASCULINIDADE: DISCUTINDO SOBRE CÂNCER DE PRÓSTATA
Relatoria:
HELENA DOS SANTOS CASTRO GOMES
Autores:
  • IGOR LOPES DA SILVA
  • MARIANA RODRIGUES SANTANA
  • GABRIEL GOMES ARAUJO
  • ELIAS MARCELINO DA ROCHA
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O câncer de próstata é o tipo mais comum de doença que afetam os homens, representando um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata incluem idade avançada, sedentarismo, tabagismo, etnia e hereditariedade. O Toque Retal é um dos exames de primazia para o diagnóstico, no entanto o que leva muitos homens a não procurar por medo de submeterem-se ao toque digital. O tratamento pode ser cirúrgico, ou com medicação que faz este órgão a diminuir de tamanho, ou ainda radioterapia e quimioterapia. O objetivo do estudo é verificar o comportamento do gênero masculino conhecendo mitos e tabus que podem impedir homens de realizar o exame do toque retal. O método utilizado consistiu em revisão de literatura, afim de obter uma compreensão do que faz o público masculino a não procura de diagnóstico precoce, encontrou-se 7 artigos do período de 2011 a junho de 2016 com os seguintes descritores: neoplasias, identidade de gênero, saúde do homem, próstata-preconceito, prevenção, toque retal, masculinidade, que foram analisados no primeiro semestre de 2016. Sendo a fonte de pesquisa, Scielo. Os resultados evidenciaram que quando se trata de saúde, os homens muitas vezes negam a existência de dor ou sofrimento, para reforçar a ideia de força do masculino. Quando considerados os principais motivos para a não adesão aos exames e às medidas preventivas, justificam por “sentir-se saudável“, “falta de tempo”, “vergonha”, “constrangimento”, “ medo da excitação”, dentre outras. Desse modo, sujeitos de diferentes idades, escolaridades e níveis sociais distintos relatam as mesmas dificuldades, ou seja, independente de posição social trata-se de uma questão mais complexa. O estudo leva a concluir que as práticas de autocuidado e a utilização dos serviços de saúde, ainda hoje, vêm sendo percebidas como atributos femininos, e são pouco reconhecidas e valorizadas pelos homens. Quanto o exame de toque retal, consta-se que o mesmo é percebido pelos homens como um evento traumático que muito mais que um toque na próstata, um toque a virilidade, não toca somente a próstata, mas toca também a masculinidade.