As mãos são as principais vias de disseminação de infecções. Sua higienização adequada é a ação mais simples e de maior importância na prevenção e controle de doenças infecciosas, devendo ser praticada por todos. O ato de lavar as mãos é um desafio mundial, na perspectiva de transformar o comportamento humano tornando a prática habitual a toda comunidade (hospitais, unidades de saúde, clínicas, escolas, universidades, comércios, empresas, indústrias, etc.). O objetivo desde relato é apresentar a Campanha “Eu Me Comprometo a Lavar Minhas Mãos”; descrever suas ações sociais voltadas à educação em saúde realizada na região centro-oeste do Estado do Paraná. Criada em maio de 2012, tem como causa social a missão de sensibilizar toda a comunidade quanto à importância da Higienização das Mãos (HM) na prevenção de doenças. Inicialmente, com a contribuição de alguns acadêmicos e profissionais de enfermagem, implantou-se um “termo de comprometimento” intitulado “eu me comprometo a lavar minhas mãos”, direcionando a abordagem a profissionais da saúde, colaboradores de instituições hospitalares, pacientes e acompanhantes, e toda a população em geral. No primeiro ano, foram coletadas 5.590 assinaturas em um dia; e 6.830 assinaturas no ano seguinte. Os resultados repercutiram através da imprensa/mídia regional e em inúmeros municípios. Nos anos subsequentes, mais ações foram elaboradas: utilização das redes sociais para divulgação (contemplando seguidores de todo país); eventos científicos com participação de profissionais referências na área; palestras educativas direcionadas aos mais diversos grupos sociais, incluindo educação especial e instituições privadas. O método de promoção das ações educacionais foi a utilização do teatro-lúdico como ferramenta de sensibilização; o personagem denominado “Tiozinho do Ônibus”, o qual demonstra aspectos reais de contaminação, de maneira simples e objetiva, frente aos riscos microbiológicos que expõe toda sociedade. Até 2015, foram mais de 400 palestras educativas realizadas, apoiadas por órgãos como vigilância sanitária, núcleos epidemiológicos e secretarias de saúde (municipais e estaduais). Os resultados da campanha demonstram a educação em saúde como método de multiplicação de informações sobre a prevenção das infecções, visando a proteção da população frente às possíveis complicações que vão desde a necessidade de terapias antimicrobianas a hospitalização, disfunções sistêmicas e óbitos.