A hantavirose é uma doença, viral, aguda e grave com distribuição mundial, presente através de duas síndromes distintas: a febre hemorrágica com síndrome renal (FHRS) e a síndrome pulmonar por hantavírus (SPH), esta última responsável pelos casos das Américas. A letalidade média da doença é de 50%, assim poucos são os casos em fase de convalescência que possibilitem acompanhar a presença de sequelas. Objetiva-se conhecer as sequelas em pacientes que sobreviveram após a hantavirose. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no período entre de novembro de 2015 e junho de 2016, utilizando as bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo, através dos descritores: hantavírus, sequelas e zoonoses. Foram inclusas aquelas disponíveis em idioma Português (BR), Inglês e Espanhol, completos, publicados nos últimos quinze anos e que se relacionavam com o tema através da leitura do título e resumo. Observa-se grande aumento de produção de conhecimento sobre hantavirose, porém, direcionados à estudos moleculares, testes laboratoriais, descrições de soro-prevalência e pesquisas eco epidemiológicas sobre os roedores. Entretanto, o estado da arte em que se aborde sequelas de pacientes após infecção por hantavírus são escassos. Em estudo com pacientes em fase de convalescência, observou-se que não se recuperam totalmente dos sintomas associados à infecção por hantavírus (fadiga, mialgia, dispneia) podem ser detectados semanas após a alta hospitalar. A presença de dispneia associada ao esforço físico foi observada até um a dois anos após a infecção aguda em 43% dos casos no Panamá e 77% no Novo México. Não foi observado nenhum caso de sequelas pulmonares, renais ou cardiovasculares, ressaltando a importância de realizar estudos a respeito desta problemática para complementar os dados da patologia e poder intervir, procurando evitar futuras complicações de saúde contribuindo para uma melhor reabilitação possível.