Introdução: humanização é a valorização dos direitos dos indivíduos envolvidos no processo de saúde, sendo eles usuários, gestores ou trabalhadores. As unidades de terapia intensiva (UTI) se configuram como um ambiente favorável a situações estressoras e que comprometem o sujeito emocionalmente, merecendo maior atenção dos profissionais que ali atuam, quando se trata de humanização. Objetivos: apresentar pressupostos voltados à humanização da assistência em UTI; descrever ações de enfermagem que promovem a humanização do cuidado em UTI e; identificar lacunas existentes para a humanização nas UTI. Metodologia: revisão bibliográfica cuja fonte de dados foram publicações em periódicos localizados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na coleção Scientific Electronic Library Online (SCIELO), na Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando como descritores: humanização, unidade de terapia intensiva e enfermagem, publicadas no período de 2005 a 2015. Resultados: como características da humanização da assistência em UTI, pode-se citar a comunicação terapêutica com o paciente, a escuta, a atenção, o toque, as orientações prestadas de acordo com as dúvidas, a satisfação das carências básicas referidas, além da utilização de recursos criativos para a adaptação do sujeito ao ambiente de terapia intensiva, levando-se em conta a pessoa como um ser integral, que está acima da alta tecnologia utilizada nestas unidades e com necessidades além daquelas advindas do quadro patológico. Quanto à enfermagem, verificou-se que por meio da sistematização da assistência é possível realizar o planejamento e a implementação de cuidados humanizados. São lacunas para a humanização em UTI: a pobreza de recursos humanos e materiais e a formação acadêmica na área da saúde, marcada pela supervalorização da aparelhagem em detrimento das relações interpessoais, fatores esses que comprometem a qualidade do cuidado. Conclusão: para a assistência prestada aos pacientes em UTI acontecer de forma humanizada deve haver empenho dos profissionais, bem como dos gerentes dessas unidades assistenciais, na busca de meios para a efetivação dos princípios humanísticos propostos na Política Nacional de Humanização.