Introdução: a psicose pode ser definida como qualquer transtorno mental que comprometa o senso de real e imaginário. Popularmente como loucura, as características da psicose denotam na fuga da realidade e seus sintomas residem nas alucinações e delírios. Objetivos: relatar a experiência à partir de um estudo de caso de psicose, obtido durante vivência como acadêmico em aula prática da disciplina Enfermagem no processo do cuidar em Saúde Mental, do 6º período em um centro psiquiátrico remanescente à reforma psiquiátrica. Metodologia: foram realizadas seis aulas práticas distribuídas em três semanas no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, na cidade de Manaus. Cada dupla de alunos ficou responsável por um cliente da enfermaria, devendo fazer uma entrevista para coleta de dados, incluindo visita residencial para possibilitar a participação da família na consolidação dos dados e orientações aos familiares, incluindo manejo para acolhimento no ambiente familiar. Resultados: a cliente tem história de mais de 10 anos de sintomas e com surtos psiquiátricos e, além de psicose, também foi cadastrada com outros diagnósticos como Esquizofrenia e Transtorno Afetivo Bipolar. As reinternações foram frequentes, caracterizando o fenômeno da porta giratória, confirmando-se na visita domiciliar a pouca participação da família no tratamento, o que concorre para que a paciente deixe de tomar os medicamentos necessários para o controle das crises e surtos, recaindo imediatamente após a alta e retornando para internação logo a seguir. Conclusão: constatou-se que no tratamento de qualquer doença psicológica, a atenção ao cliente deve ser multiprofissional, integral e individualizada, envolvendo a participação da família. O enfermeiro atuante no cuidado ao doente mental, nas situações de surto, nos serviços de Urgência e Emergência, deverá ter conhecimento das evidências psiquiátricas que caracterizam a patologia, para atuar com competência, livre de mitos, preconceitos e o mínimo de estigma que permeia esse atendimento.