A vivência de uma internação hospitalar pode significar experiência traumática para as crianças, uma vez que são submetidas a diversos procedimentos, por vezes, dolorosos, sobretudo no setor de isolamento, que impede o contato do pequeno paciente com outros indivíduos. Desta forma, o brincar torna-se uma atividade essencial para que a criança consiga se expressar e aprender sobre seu universo. Relatar a experiência de atividades lúdicas desenvolvidas no isolamento pediátrico hospitalar. Trata-se de um relato de experiência realizado a partir de atividades de um acadêmico de enfermagem, bolsista do Projeto de Extensão intitulado: Brincando no Hospital: Projeto Recreativo em Enfermaria Pediátrica, realizado na brinquedoteca do Hospital Municipal de Tangará da Serra – MT, com crianças internadas no setor de isolamento. Utilizou-se a técnica de observação participante durante as atividades desenvolvidas e fez-se uma análise sob a ótica reflexiva. As atividades lúdicas foram desenvolvidas semanalmente entre setembro de 2015 e junho de 2016, utilizando-se de livros, fantoches e brinquedos devidamente higienizados e armazenados a fim de prevenir transmissão de patógenos. Pôde-se evidenciar que as crianças hospitalizadas participavam frequentemente das ações, interagindo com o acadêmico que desenvolvia todas as atividades no setor de isolamento do hospital, também foi possível verificar que os acompanhantes se sentiram satisfeitos com a abordagem lúdica desenvolvida. Foi possível aperfeiçoar as habilidades de interação com as crianças, de modo que, suas dificuldades físicas e carências emocionais foram percebidas, possibilitando ao acadêmico aprimorar seus conhecimentos utilizando diferentes estratégias para interagir com as crianças, ampliando o olhar de um cuidado cada vez mais humanizado. A inserção de atividades lúdicas durante a internação hospitalar no setor de isolamento pediátrico configurou-se como uma nova possibilidade de aprendizado, oportunizando ao acadêmico diferentes meios para estabelecer a relação teórico-prática e sedimentar seu conhecimento através do planejamento e desenvolvimento de atividades voltadas para esta população. REFERÊNCIA: CARDIM, M. G. Crianças em isolamento hospitalar: relações e vivências com a equipe de enfermagem. R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 32-38, 2008. Descritores: Brinquedos; Pediatria; Enfermagem.