Introdução: O exercício de respiração guiada e lenta, numa frequência inferior a 10 movimentos respiratórios por minuto (mrpm), reduz a pressão arterial (PA) e é indicado como coadjuvante no tratamento não farmacológico de hipertensos. No entanto, esta prática ainda não foi utilizada em idosos. Assim, objetivo foi avaliar o efeito do exercício de respiração guiada sobre a pressão arterial de idosos hipertensos estágios 1 e 2 de uma instituição de longa permanência no município de Varginha - MG. Metodologia: para tanto, foi realizado um estudo experimental, prospectivo, randomizado e aberto com 31 idosos que foram divididos aleatoriamente em dois grupos (controle e intervenção), com 15 participantes no grupo intervenção e 16 no grupo controle. O grupo intervenção realizou exercícios de respiração guiada com auxílio do dispositivo RESPERATE® por 15 minutos, três vezes por semana, durante oito semanas consecutivas. O grupo controle ouviu música relaxante, durante os mesmos dias e período. Para medida de PA foi utilizado aparelho automático oscilométrico validado. Foi considerado significativo p<0,05. Os resultados mostraram que os idosos de ambos os grupos eram, na maioria, do sexo feminino, brancos, solteiros ou viúvos, com baixa escolaridade e renda de até um salário mínimo. Em relação à idade, o grupo intervenção apresentou média significativamente maior (73±11,3 anos) que o grupo controle (69±5,4 anos). O grupo intervenção apresentou redução significativa (p<0,05) na pressão sistólica após oito semanas (149,8±10,4 mmHg para 141,5±3,4 mmHg) e na pressão diastólica (93,2±4,8 mmHg para 88,3±3,8 mmHg). Conclusão: o exercício de respiração guiada reduziu a PA significativamente, podendo ser uma alternativa no tratamento não medicamentoso para idosos hipertensos institucionalizados. Considerando que a hipertensão traz prejuízos ao indivíduo e a sociedade, o enfermeiro tem um importante papel no processo de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Visando uma assistência que permita o acompanhamento da mudança no estilo de vida, tão necessário para o controle da doença, bem como reforçar as orientações para o autocuidado. Para tanto, pode apropriar-se de novas tecnologias que auxiliem nessa atenção, tornando imprescindível a necessidade de aprofundar seus conhecimentos no mecanismo de fisiologia da doença e, especialmente, na técnica de respiração lenta com essa nova tecnologia.