INTRODUÇÃO: O aleitamento materno exclusivo deve ser incentivado até os seis meses de vida e o aleitamento parcial até os dois anos de idade, como preconizado pelo Ministério da Saúde. É importante enfatizar que a motivação para a amamentação deve começar no pré-natal, para que as futuras nutrizes possam se sentir seguras, satisfeitas e bem preparadas para obterem sucesso na amamentação. OBJETIVO: Analisar os saberes sobre a amamentação, dasgestantes matriculadas no serviço de pré-natal de uma maternidade-escola pública da cidade de Salvador- BA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter exploratório, de natureza qualitativa. A coleta de dados se deu por meio de entrevista semiestruturada, no ambulatório da própria maternidade. Tivemos como depoentes 23 gestantes. O resultado foi obtido mediante a análise de conteúdo, norteada por Bardin, de onde emergiram as seguintes categorias empíricas: O saber construído; Hegemonia do saber biomédico; O significado da amamentação; Fatores de interferência no aleitamento materno e suas devidas subcategorias. A faixa etária dessas mulheres variou entre 18 a 37 anos e o número de consultas realizadas, em média, foram de seis. Mediante aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal da Bahia – UFBA com número de protocolo: FWA0002471 RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os dados apontaram que dentre as participantes deste estudo, 65,22% afirmaram não terem recebido informação sobre aleitamento materno durante o acompanhamento pré-natal e dessas, 26,1% receberam panfletos e informativos na saída da Maternidade, sendo ainda, referido pelas mesmas, que o que conhecem sobre amamentação, aprenderam com a família, amigos, experiência de gestações passadas ou através de leitura. Dentre as mulheres que receberam ou não as informações durante as consultas, 69,6% reconheceram a importância do aleitamento materno exclusivo durante seis meses. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O reconhecimento e divulgação dos benefícios que o aleitamento materno traz para a criança, mãe e família, não são suficientes para o incentivo de tal prática. Tal constatação representa uma oportunidade de reformular o processo de cuidado destinado a atendê-las com base nas suas necessidades, contemplando a informação/orientação que permita à mulher se adequar as mudanças fisiológicas, sociais e emocionais que acompanha a maternidade para o sucesso da amamentação.