INTRODUÇÃO: O presente trabalho surge das vivências como palhaço cuidador no projeto de extensão PalhaSUS da UFPB. Esta identidade é assumida com a Oficina do Riso. Também são organizadas formações mensais e o Encontro de Desenvolvimento do Palhaço Cuidador, onde é possível aprimorar as habilidades dos formados. Durante estes espaços são realizadas meditações, entre outras atividades, para estimular o contato com a criança interior dos participantes para dar base ao surgimento do palhaço. Isso fortalece o desenvolvimento de habilidades lúdicas, de escuta e práticas de cuidado, necessários para essa diferente proposta de intervenção. Alguns dos participantes do referido projeto foram inseridos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A instituição é uma “residência coletiva” que atende idosos com diversas dificuldades, mesmo aqueles independentes; com diversos graus de dependência e vulnerabilidade. Sabendo disso, vemos a arte como forma de enfrentar esta realidade e suas dificuldades. A arte quando também praticada pelo usuário faz com que ele expresse seus sentimentos e subjetividades no seu convívio social. OBJETIVO: Refletir sobre o impacto da experiência de práticas de cuidado através do papel do palhaço cuidador em ILPI. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, vivenciada pelas palhaças cuidadoras, estudantes de enfermagem e extensionistas do projeto PalhaSUS que atuam em uma ILPI de 2013 à 2015. RESULTADOS: Entre os desafios enfrentados, ressaltamos o da aceitação das nossas visitas, já que tratam-se de idosos que não estão habituados com este tipo de intervenção. Para superar isso, refletimos que é importante que se valorize cada encontro, a disposição de acolher cada sujeito nos seus desejos, e, considerar o respeito à autonomia e sua condição naquele momento. O palhaço cuidador busca como diferencial o cuidar holístico, ver o indivíduo de forma integral e prezar as relações humanas. Para isso, é necessário que se forme o vínculo, assim nossa presença não se torna imposta, sendo isto essencial para a continuidade das intervenções. CONCLUSÃO: O palhaço cuidador transmite alegria e autonomia através do lúdico, além de promover o diálogo humanizado e a promoção da saúde. Esta experiência foi essencial em nossa graduação para exercitar o respeito e cuidado singular com o usuário.