O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) caracteriza-se como um Atendimento Pré-Hospitalar de urgência/emergência prestado às vítimas com ou sem risco iminente de morte, em ambiente fora do âmbito hospitalar, por profissionais de saúde capacitados através do Suporte Básico e Avançado de Vida, conforme explicita a Política Nacional de Atenção as Urgências. O SAMU foi criado para atuar na estabilização das condições vitais das vítimas, reduzindo a morbimortalidade por meio de condutas adequadas durante a fase de estabilização e transporte, e evitar iatrogenias que possam culminar em variados eventos, desde as incapacidades físicas, temporárias ou permanentes, até a morte.O objetivo da pesquisa foi descrever as dificuldades vivenciadas pelos socorristas/condutores do SAMU no ato de assistir os usuários. A metodologia utilizada na pesquisa foi a descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizado na sede do SAMU do município de Mossoró/RN, com a participação de onze sujeitos. Como instrumento de pesquisa foi utilizado à técnica de entrevista semi-estruturada com roteiro previamente elaborado para auxiliar na coleta de dados. Os dados coletados foram organizados a fim de serem submetidos à análise de conteúdo. O estudo segue os princípios éticos das resoluções 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e a 331/07 do Conselho Federal de Enfermagem. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, protocolo nº 129/10, CAEE: 5686.0.000.428-10. Percebe-se que os condutores se deparam constantemente com dificuldades no momento de assistir os usuários, como os trotes, falta de educação no trânsito e erros no repasse de informações pela população, causando sentimentos de medo e descrença que interferem na realização de um atendimento eficaz, gerando sentimentos de insegurança e angustia, provocando sensações de incapacidade para exercer o seu ofício. Percebeu-se que cada profissional socorrista/motorista tem uma visão diferente diante sua prestação de serviço e das possibilidades e desafios que nele existe. Os empecilhos encontrados decorrentes principalmente da falta de compromisso da população são os mais difíceis de ser vencidas, pois são as que são mais vivenciadas pela equipe durante um resgate. Esse problema não só afeta o modo de atuar do profissional, mas seu psicológico e alto-controle que são pontos fundamentais no instante da prestação de socorro.