A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente com recursos tecnológicos avançados necessários para a atenção e cuidados especiais ao recém- nascido com estado de saúde grave, muitas vezes com risco de morte e prematuro, provocando nos pais experiências negativas diante da hospitalização do filho. Contudo, o pai tem papel fundamental na recuperação da criança ao se tornar participante ativo no processo de cuidado. Objetivou-se avaliar a experiência paterna durante a hospitalização do filho em unidade de terapia intensiva neonatal. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada no período de Abril a Maio de 2015, utilizando dezesseis artigos em português, um artigo espanhol, uma dissertação e um guia para os profissionais de saúde acerca da temática, publicados no período de 2011 a 2014 nos bancos de dados: SciELO, LILACS, MEDLINE e BIREME. As publicações foram selecionadas com a utilização dos seguintes descritores: Relações Pai-Filho; Paternidade; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Enfermagem Neonatal. Evidenciou-se que na rotina intensiva de cuidados ao recém-nascido, a tecnologia empregada na assistência à saúde ainda é privilegiada em detrimento do cuidado humanizado, e há privação de cuidados paternos, já que culturalmente a mãe é identificada como principal cuidadora do filho. A exclusão do pai no cuidado do filho recém-nascido hospitalizado, torna-se uma experiência hostil, gerando assim sentimentos negativos no genitor. No cenário da UTIN os sentimentos paternos não são valorizados, pois o homem não é inserido nas prioridades de educação em saúde das equipes. Nesse contexto, ressalta-se o papel da equipe multiprofissional no fornecimento de apoio e atenção aos pais e familiares. Para tanto, é preciso estabelecer formas efetivas de comunicação e interação, promovendo a integração dos pais na assistência, orientando e incentivando-os a participar nos cuidados com seus filhos. A equipe de enfermagem é citada como protagonista nesse processo com o objetivo de minimizar a experiência agressiva e negativa da hospitalização na UTIN. Conclui-se que a equipe multiprofissional da UTIN, especialmente a enfermagem, necessita refletir sobre sua prática cotidiana, e buscar estratégias que incluam o pai no cuidado prestado ao recém-nascido, favorecendo sua participação ativa nesse processo, ao promover espaço para a escuta de suas necessidades e singularidades, assim como para a tomada de decisões relacionadas à atenção em saúde.