Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
VISÃO DE MÃES LACTANTES ACERCA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
Relatoria:
ROBERTA PEIXOTO VIEIRA
Autores:
- Maria de Fátima de Sousa Brasil
- José Evaldo Gomes Júnior
- Luzenir Alves de Lima
- Maria Veraci Oliveira Queiroz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO: O leite humano possui todos os nutrientes e fatores de proteção indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento saudável da criança. Mesmo com tantas evidências científicas mostrando os benefícios do aleitamento materno e esforços de organismos nacionais, internacionais e os investimentos profissionais, os níveis de amamentação exclusiva ainda estão aquém do recomendado, causando prejuízo à saúde infantil. OBJETIVO: Descrever a visão das mães lactantes acerca do aleitamento materno exclusivo (AME). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com análise qualitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família no município de Jaguaribe- CE. Os participantes do estudo foram 13 mães de crianças de 0 a 6 meses cadastradas na unidade que participaram de entrevista semiestruturada em março de 2015. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo. O estudo seguiu os princípios éticos iniciando com a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa e recebeu parecer nº 1.075.365. RESULTADOS: observou-se entre as mães do estudo, que ainda existe um conhecimento equivocado sobre o período de exclusividade da amamentação, desconhecimento das vantagens do leite materno em relação a outros tipos de alimentos. A maior parte das mães citaram os benefícios do AME apenas para a saúde da criança, não identificando benefícios para a saúde materna. Outro aspecto não evidenciado foi o reconhecimento do vínculo entre mãe e filho gerado pela prática do AME. Quando questionadas sobre as principais dificuldades encontradas na amamentação, foram apresentados os problemas físicos (como bico plano ou invertido e fissuras) e a influência das pessoas que convivem com a mulher (mãe, esposo, sogra, entre outros), no entanto, muitas nutrizes apontaram crença relacionada ao leite pouco, fraco ou insuficiente para a nutrição da criança repercutindo na persistência de amamentação durante os seis meses preconizados. CONCLUSÃO: Torna-se necessário encontrar estratégias que melhore o incentivo e a promoção de AME na Atenção Básica à Saúde, tendo em vista que mesmo com todas as informações existentes, ainda existem muitas dificuldades de adesão a essa prática. Além disso, os profissionais de saúde precisam compreender que as informações devem ser adaptadas à vivência de cada mulher, respeitando sua singularidade e contexto sociocultural que está inserida.