INTRODUÇÃO: O álcool é uma das substâncias psicoativas mais precocemente consumidas por adolescentes, é um importante fator de risco para acidentes e violência e aumenta o risco de consumo alcoólico em excesso na vida adulta. Ele está associado a uma série de comportamentos de risco: morte violenta, queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais do adolescente. Entretanto, seu consumo é socialmente aceitável e estimulado na sociedade e causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória, aprendizado e controle dos impulsos. OBJETIVO: Identificar os fatores de riscos associados ao consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo baseado em revisão sistemática de literatura, tendo como pergunta norteadora: “Quais os fatores de risco associados ao consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes nas publicações brasileiras nos últimos 5 anos?” Foram utilizados os bancos de dados LILACS, Medline e SciELO, com os seguintes descritores: “fatores de risco”, “álcool”, “adolescentes”. Os artigos incluídos no estudo foram os artigos completos publicados em português nos anos de 2010 a 2014 e os excluídos foram os artigos em duplicidade e os que não responderam à pergunta norteadora. Totalizaram-se 15 artigos. RESULTADOS: Após a análise dos artigos percebeu-se que o consumo de álcool entre adolescentes é multifatorial, envolvendo características biológicas, psicológicas, comportamentais, familiares e sociais, a saber: separação dos pais, relacionamento ruim ou péssimo com a mãe/pai, histórico de uso de álcool na família, facilidade de acesso à bebida dentro de casa, ausência de prática religiosa, disponibilidade financeira, falta de apoio afetivo familiar ao adolescente, ter sofrido maus tratos, baixo nível socioeconômico, baixa autoestima, curiosidade, pressão de colegas. CONCLUSÃO: A adolescência por si só já é considerada, por autores como Rozin, um fator de risco ao consumo de álcool, e ainda mais se associada às condutas desenvolvidas nessa fase de transição para a idade adulta. É necessário que haja uma conscientização dos adolescentes e de seus responsáveis sobre os riscos desse consumo. Os serviços de saúde devem adotar estratégias preventivas de identificação de adolescentes que apresentam os fatores de risco para uso de álcool, bem como o controle e acompanhamento específicos desses grupos.