Introdução: O Enfermeiro é um profissional capacitado e respaldado legalmente para assumir o processo de trabalho que se dá através da assistência, cuidado, administração, gerenciamento, pesquisa e ensino. A formação acadêmica atual tem englobado conhecimentos da área assistencial e gerencial, o que garante ao profissional Enfermeiro uma postura diferenciada na gestão de sistemas de saúde, por exemplo. Por outro lado, há uma grande problematização ao assumir atividades gerenciais; o exercício da profissão na área assistencial já demanda uma excessiva carga-horária e um desgaste físico e emocional do profissional, o que o leva a não se interessar ou não se capacitar para atuar em áreas gerenciais. A atuação não assistencial traz consigo grandes desafios, e ainda há que se construir e consolidar a inserção acentuada do Enfermeiro em níveis decisórios nos espaços de gestão. Objetivo: Analisar a crescente atuação dos enfermeiros no campo da gestão em saúde através de evidências disponíveis na literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada através de levantamento no banco de dados da Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no mês de junho de 2015, com as seguintes palavras chaves: Enfermagem; Gestão em saúde e Avaliação. Os critérios de inclusão foram terem sido publicados entre 2010 a 2015, textos disponíveis em português. Foram encontrados 128 publicações, sendo 08 escolhidos por tratarem especificamente sobre o tema. Resultado: Há uma dicotomia entre a teoria e a prática sobre a participação da enfermagem na gerência pois o gerenciamento implica em cuidados nas diferentes dimensões. Essa multiplicidade de tarefas e ações é a maior causadora do estresse no profissional, principalmente pela necessidade de atuação com outros profissionais da área de saúde, além do papel de liderança da sua equipe e de um serviço de saúde. A concomitância da prática assistencial e gerencial sobrecarrega o profissional enfermeiro, comprometendo o interesse pela gerência. Conclusão: Poucos estudos estão disponíveis acerca do tema, retratando a fragilidade e a incipiência do protagonismo do Enfermeiro em espaços gerenciais. Para uma significativa atuação do Enfermeiro na gestão em saúde torna-se necessário maiores incentivos desde a formação acadêmica até os níveis de especialização na área de gestão, garantindo maior interesse e maior capacitação destes profissionais para essa atuação específica.