INTRODUÇÃO: De acordo com Vicente, cerca de 3% da população brasileira sofre de transtornos mentais graves ou severos e mais de 12% necessita de cuidados em Saúde Mental em algum momento da vida. Diante de números tão expressivos é importante identificar de que modo a família e a comunidade têm construído a convivência com a pessoa com transtorno mental. Segundo Spadini o estigma pode ser expresso como preconceito arraigado e naturalizado na nossa cultura. OBJETIVOS: Desenvolver práticas educativas, a fim de oportunizar a reflexão sobre a concepção de adoecimento mental. METODOLOGIA: A partir do projeto de extensão "Interfaces, Educação Saúde e Cidadania: caminhos para inclusão social dos usuários de um CAPS" desenvolvemos intervenções de educação em saúde com o público alvo composto por adultos com faixas etárias diversas em utilização contínua de medicamentos psicotrópicos, discutindo o uso abusivo de medicamentos e o estigma social dos pacientes do CAPS. Participam usuários de duas ESFs e do CAPS do município de Pesqueira - PE. As ações foram fundamentadas no referencial teórico da educação popular de Paulo Freire, desenvolvidas através da metodologia grupo focal. Sobre o estigma social, utilizamos textos de cunho moral e reflexivo. Aliamos fundamentos das Práticas Integrativas em Saúde como estratégias de desmedicalização. RESULTADOS PARCIAIS: Evidenciamos a satisfação dos participantes das ações educativas e profissionais envolvidos e conseguimos através das discussões gerar uma reflexão sobre o estigma vivenciado pelos pacientes portadores de transtornos mentais, proporcionando uma reflexão sobre a medicalização do sofrimento psíquico evidenciada pelo uso contínuo de psicotrópicos, de maneira exagerada e sem avaliação médica especializada. Promovemos o evento comemorativo do “Dia 18 de maio: dia nacional da luta antimanicomial" em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Pesqueira-PE. CONCLUSÃO: O presente projeto segue em andamento com as seguintes perspectivas futuras: Ampliar as parcerias com as mídias municipais/ regionais para traçar estratégias de mídia, discutir rede de atenção psicossocial, serviços especializados, dentre outros combatendo assim o estigma social que envolve os usuários com transtornos mentais. Prosseguir realizando mais ações educativas em saúde tanto nas estratégias de saúde da família e pelo menos em uma escola da rede de ensino de Pesqueira para expansão do projeto atingindo assim maiores públicos.