O Diabetes Mellitus tipo I (DM1) é um dos problemas mais sérios em esfera mundial, é uma disfunção metabólica, na maioria das vezes de causa autoimune, desencadeada pela interação de fatores ambientais e genéticos, que leva à falta de produção de insulina, hormônio responsável pela metabolização da glicose. O adolescente com DM1 vivencia inúmeros obstáculos que interferem no processo de desenvolvimento, por ser uma fase de constantes mudanças e de condições impostas pela doença. Na assistência ao adolescente, o cuidado deve contemplar não somente os aspectos técnicos, pois os aspectos emocionais, afetivos, psicossociais, a dinâmica familiar e a relação com a equipe de saúde podem influenciar o controle do Diabetes. Objetivou-se identificar as adversidades que os adolescentes diabéticos apresentam no cotidiano. Realizado estudo bibliográfico sistematizado, no qual se utilizou as bases de dados do BIREME, com pesquisas em artigos de 2009 a 2015 em língua portuguesa, usando-se como descritores: adolescentes, diabetes mellitus tipo 1, enfermagem. Foram encontrados 105 títulos, e destes, selecionados 21 artigos que apresentavam correlação com a temática proposta. Os resultados permitiram concluir que os adolescentes diabéticos, assim como seus cuidadores apontaram como adversidades nas atividades cotidianas: rotina de aplicações insulínicas, restrições alimentares, prática de exercícios constantes, controle glicêmico, conscientização sobre sua condição fisiológica, medo das possíveis complicações e mal-estar provocado pelos sintomas de hiperhipoglicemia, adaptação escolar. Observou-se ainda a dificuldade da maioria dos adolescentes em aceitar sua condição existencial, uma vez que lhe desperta sentimento de revolta, fazendo-o se sentir diferente dos demais. Atenta a estas questões, concluiu-se que, torna-se imprescindível conhecer as dificuldades cotidianas do adolescente com DM1, com vistas ao aprimoramento dos programas de assistência a adolescentes diabéticos, com a necessidade de delimitarmos algumas recomendações, tais como a capacitação de equipes multiprofissionais especializadas, intensificação de programas de educação em diabetes visando a redução de internações, além de prevenção das complicações da doença. Em particular, o DM1 requer do adolescente diabético, das famílias e profissionais de saúde, esforços conjuntos para que portadores atinjam um bom controle metabólico, a fim de minimizar as complicações advindas em longo prazo.