INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial na gestação pode ser denominada Síndrome Hipertensiva da Gestação, sendo classificada em hipertensão crônica, específica da gestação e pré-eclâmpsia. Nesse sentido, torna-se necessário uma assistência pré-natal de qualidade, visando um diagnóstico precoce e acompanhamento adequado. OBJETIVO: Descrever a visão das gestantes no pré-natal de alto risco a respeito das síndromes hipertensivas da gestação e cuidado. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo exploratório, descritivo com análise qualitativa, realizado com 13 gestantes no Centro Microrregional Especializado de Atenção a Saúde Sexual e Reprodutiva (CEMEAR) e Unidades Básica de Saúde de Iguatu, CE. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada nos meses de novembro e dezembro de 2014 cujas informações foram submetidas à análise de conteúdo de Minayo. O estudou obedeceu os preceitos éticos da resolução 466/2012 e foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Regional do Cariri, com o parecer nº 1.025.284. RESULTADOS: A partir da análise das entrevistas emergiram duas categorias: Conhecimento das gestantes sobre a hipertensão na gestação; e Cuidado das gestantes no controle da hipertensão. As entrevistadas relacionaram o desenvolvimento da hipertensão no período gestacional aos hábitos alimentares e ao sobrepeso/obesidade. Observou-se um déficit de conhecimento acerca do assunto de modo a protegê-las dos riscos, a definição de hipertensão foi associada somente às conseqüências da doença e aos próprios cuidados. As gestantes demonstraram preocupação principal com a eclampsia, pois reconhecem ser a complicação mais grave do período gravídico, trazendo insegurança e ansiedade relacionadas ao momento do parto. CONCLUSÃO: Torna-se essencial investir em ações de educação em saúde direcionadas à gestante com fatores de riscos às síndromes hipertensivas gestacionais. Ressaltando-se a necessidade de orientação não apenas das consequências, mas também a respeito da própria etiologia da doença e das ações preventivas, contribuindo de forma mais efetiva para o controle e adesão ao tratamento.