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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
VIVENDO NO LIMITE: SABERES E PRÁTICAS DE HIPERTENSOS SOBRE A DOENÇA
Relatoria:
NÁDYA THALITA NOVAES DOS SANTOS
Autores:
  • SUSANNE PINHEIRO COSTA E SILVA
  • LAYANA KARITIANA QUEIROGA BEZERRA
  • LEILANE DIAS SANTANA
  • GLYCIA KALLIANI SOARES COSTA SILVA
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O envelhecimento da população, a urbanização crescente e hábitos de vida pouco saudáveis são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS. Desde a década de 1980, o Brasil vem implementando ações voltadas para maior e melhor acesso aos cuidado com hipertensos. O manejo é complexo, por este motivo, o controle pressórico das pessoas diagnosticadas ainda é insatisfatório. A HAS atrela-se ao entendimento sobre questões psicossociais, econômicas, biológicas e culturais que permeiam os seus portadores. Assim, este estudo objetivou identificar saberes e práticas de pessoas diagnosticadas com HAS, especialmente àqueles que orientam suas condutas e vivências. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada em Juazeiro-BA com 31 pessoas por meio de entrevista gravada, sendo os dados analisados pela Análise de Conteúdo. Resultados: Grande parte dos participantes possuía ensino fundamental completo e eram aposentados. A maioria acreditava que a hipertensão era um problema, já que deveria ser acompanhada por mudanças de hábitos, além de representar uma ameaça pela possibilidade de complicações. Os entrevistados também demonstraram conhecimento a respeito dos fatores de risco para a doença, revelando a hereditariedade, os excessos alimentares e a ligação a outras patologias como principais causas. O estudo também revelou que o diagnóstico da doença acontece tardiamente, com o surgimento de complicações. Muitos participantes referiram dificuldade na adesão do tratamento por causa das reações adversas e do incômodo de tomar a medicação diariamente. A maioria não praticava exercícios físicos, e nenhum dos entrevistados fazia parte de grupos de educação em saúde para hipertensos. Conclusão: O estudo demonstrou que os hipertensos possuíam conhecimento a respeito da doença e importância do tratamento, apesar de não seguirem as orientações, em sua maioria. Diante disso, a educação em saúde configura-se como estratégia fundamental para que esses indivíduos pensem criticamente a respeito de seus problemas de saúde, melhorando sua condição e reduzindo a morbimortalidade.