A gravidez é um fenômeno integrante do ciclo de vida da mulher, caracterizado por alterações de âmbito fisiológico, emocional, social e cultural. A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas. O acompanhamento pré-natal especializado e multiprofissional deve possibilitar o diagnóstico precoce e a classificação de risco da hipertensão para que seja planejado um seguimento individualizado. Objetivou-se fazer um levantamento das publicações acerca da temática: Hipertensão na gestação. Trata-se de um estudo bibliográfico, em que, nas bases de dados LILACS, MEDLINE E BDENF, a partir dos descritores hipertensão, gestação e enfermagem, foram detectados cento e cinquenta e um artigos que após os critérios de inclusão (tipo de documento: artigo; pertencente ao enfoque temático, idioma português, estar disponível em texto completo, e entre os anos de 2010 a 2014), resultou em dez artigos. As temáticas foram divididas em duas categorias: Assistência de enfermagem a mulheres com hipertensão gestacional; e Perspectiva das gestantes e parceiros acerca da hipertensão gestacional. Na primeira categoria, observou-se que o acompanhamento pré-natal constitui fator chave na prevenção e condução de casos de hipertensão gestacional. Na Unidade Básica de Saúde, o enfermeiro é o profissional mais hábil para identificar estes casos, é seu dever conscientizar a gestante que seu tratamento se estende até sua casa e que a necessidade de mudança no estilo de vida é fundamental para a sua gestação ir a termo. Na segunda categoria, foi possível detectar a sobrecarga emocional a que estavam submetidas às mulheres com hipertensão gestacional. As síndromes hipertensivas da gravidez favorecem o parto pré-termo e a consequente hospitalização do prematuro, a maioria das mães atribuiu para si a responsabilidade da prematuridade. O medo se faz presente tanto na mulher como no homem, predispondo-os a um estado de insegurança e incertezas relativas à saúde materna e fetal durante toda a gestação. Nesse sentido concebe-se que a escassez de orientações implica em aumento do medo frente ao desconhecido. Conclui-se que o profissional de enfermagem deve estar capacitado para acolher o casal, minimizar as dúvidas e anseios, por meio de ações educativas no decorrer de todo o ciclo gravídico-puerperal.