Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial e crescente, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, e é percebido como um indicador de melhoria social. Esse processo de envelhecimento é acompanhado por mudanças no perfil epidemiológico, em que as doenças crônicas tornaram-se mais prevalentes que as doenças transmissíveis, antes, principais causas de mortalidade. Objetivos: Conhecer o perfil clínico de idosos atendidos em um Centro de Atenção Integral a Saúde do Idoso (CAISI). Metodologia: Estudo transversal, exploratório e quantitativo realizado com 130 idosos atendidos no CAISI, João Pessoa-PB. A coleta de dados foi realizada através de um questionário semi-estruturado. Os dados foram analisados através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. A pesquisa foi realizada conforme preconizado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (CAAE nº 41019315.3.0000.5188/parecer nº 963.157). Resultados: Dentre as doenças autorreferidas pelos idosos prevaleceu a Hipertensão Arterial Sistêmica (28,5%), seguida da osteoporose (19,1%), artrose (15,5%), artrite (14,2%), Diabetes Mellitus (8,4%), labirintite (5,2%), cardiopatia (4,8%), Acidente Vascular Encefálico (2,3%) e depressão (1,3%). Diversos estudos mostram a prevalência significativa da Hipertensão em pessoas idosas, fato este que chama a atenção para a necessidade de uma investigação criteriosa e um tratamento adequado e contínuo para o controle desta patologia, com consequente prevenção de outros agravos decorrentes da mesma. Em relação às outras doenças crônicas, é necessário um cuidado direcionado à promoção de hábitos saudáveis, proteção da saúde, recuperação e reabilitação dos idosos. Realizar ações educativas em saúde, visitas domiciliares, consultas médicas e de enfermagem e fornecer apoio psicológico são alguns cuidados que devem ser colocados em prática pela equipe multiprofissional nos diversos níveis de atenção em saúde. Conclusão: É necessária uma qualificação em gerontogeriatria por parte de todos os profissionais que atuam diretamente com o idoso, priorizando um cuidado humanizado e integral, focalizando a prevenção e tratamento das doenças anteriormente referidas nesta crescente população.