Um terço de todas as bacteriemias intra-hospitalares são resultantes da contaminação de soluções ou das próteses de acesso venoso. Por ser um procedimento terapêutico bastante disseminado, sendo indicado para administração de medicações continuas ou extremamente dolorosas por via periférica, infusão de grandes quantidades de líquidos em curto espaço de tempo, administração de dieta parenteral e é utilizada também quando não há a possibilidade de punção periférica, os cateteres venosos centrais (CVC) podem ser contaminados diretamente por meio da invasão direta de microrganismos durante a inserção ou indiretamente por meio de manipulações inadequadas da solução a ser infundida em suas conexões. O objetivo deste trabalho é apresentar, segundo a literatura, a incidência de casos de sepse primária em pacientes que fazem uso de acesso venoso central bem como as principais bactérias envolvidas nessa patologia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos originais; artigos publicados em português; artigos na íntegra que apresentassem no título os seguintes termos isolados ou associados: “Sepse Primaria”, “Cateter venoso central”, "Enfermagem"; artigos indexados no Lilacs, Scielo e Medline no período de 1993 a 2015. De 100% dos casos de sepse registrada é referida uma média de 17% de casos relacionados ao uso do CVC. Certos microrganismos são mais prevalentes na sepse primária relacionada ao CVC como: Staphylococcus epidermids (31%), Staphylococcus aureus (14%), Escherichia coli (6%), Cândida sp (5%), além de alguns fungos (5%) . O quadro clínico é caracterizado por febre continua entre 38,5 e 39ºc, calafrios, distúrbios de consciência, oligúria, diminuição da perfusão periférica, leucocitose, intolerância à glicose. Assim, concluímos que o cateterismo central é um procedimento invasivo que exige inúmeros cuidados desde a sua inserção através da utilização correta de técnica asséptica, tendo a enfermagem um papel importantíssimo nesse cuidado. Portanto, através deste estudo, percebe-se que os índices de sepse relacionada ao uso do CVC é bastante considerável, porém possível prevenir através de cuidados simples no manuseio diário.