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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
AUTONOMIA E DIFICULDADES DO ENFERMEIRO NA SOLICITAÇÃO DE EXAMES E PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NO PRÉ-NATAL
Relatoria:
RÔMULO WANDERLEY DE LIMA CABRAL
Autores:
  • Ana Lucia de Medeiros
  • Nilzete Belarmino Rodrigues de Medeiros
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, legislação e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O pré-natal é fundamental para um adequado desenvolvimento gestacional, mas apesar da ampliação na cobertura e a implementação do rede cegonha, ainda existe muita deficiência e comprometimento da qualidade, com elevados índices de infecção urinária, anemia, hipertensão arterial, sífilis congênita e uma grande dificuldade para a realização de exames laboratoriais e de imagem, principalmente, devido as ingerências municipais, contribuindo para intercorrências e complicações. Entretanto, o enfermeiro, profissional que mais acompanha as gestantes, vem ganhando espaço na sua atuação, mas enfrentando conflitos e desafios impostos pelo sistema. Objetivos: identificar a autonomia e as dificuldades do enfermeiro na solicitação e análise dos exames laboratoriais e na prescrição de medicamentos no pré-natal. Metodologia: estudo descritivo de campo, quantitativo, onde foram investigados 06 enfermeiros que desenvolvem a Estratégia Saúde da Família no município de João Pessoa - PB, durante fevereiro a maio de 2014, após parecer 055/2013 do CEP da FASER. Resultados e Discussão: Constatou-se que as enfermeiras possuem uma média de 23 anos de formação e 10 anos de experiência na ESF. Realizam a primeira consulta de pré-natal, solicitam os exames laboratoriais preconizados pelo Ministério da Saúde, entretanto, elas nunca os analisam, por que a segunda consulta fica com o médico. Quanto à realização dos exames físico e obstétrico quatro (04) informaram que realizam estes procedimentos. Quanto à prescrição de medicamentos, somente eram prescritos o sulfato ferroso, ácido fólico, creme vaginal, paracetamol e vitaminas. Todas as enfermeiras apresentaram capacitação ou especialização, principalmente, em Saúde da Família ou Saúde Coletiva. Apesar do longo tempo de formação e de experiência na ESF ainda existem deficiências no acompanhamento das gestantes, pois alguns procedimentos técnicos não são realizados, e nenhuma abordou a necessidade de avaliação ou reavaliação dos exames laboratoriais e a possibilidade da prescrição de outras medicações necessárias na atenção pré-natal. Conclusão: evidenciou a necessidade de uma investigação mais abrangente, devido à baixa qualidade na condução das consultas, uma maior responsabilização destes profissionais e investimentos na formação de pessoal para uma melhor qualidade no atendimento às gestantes, além da incorporação de protocolos que traduzam padrões baseados em evidências científicas na prática da enfermagem obstétrica.