Introdução: Segundo a Constituição Federal de 1988, no art. 14, § 1º II, o alistamento eleitoral e o voto são facultativos aos maiores de 70 anos. Todavia, consideramos válido discutir o assunto em um grupo de idosos, tendo em vista a importância das discussões e engajamento político dessas pessoas como forma de exercício da cidadania.Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no desenvolvimento de uma das ações do projeto de extensão “Grupo de Convivência de Idosos Como Espaço Para a Promoção à Saúde” no município de Santa Cruz/RN, sobre o tema “exercendo a minha cidadania”. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre a vivência de acadêmicos de enfermagem em um grupo de convivência para idosos, no município de Santa Cruz/RN. A vivência ora relatada trata de uma das ações do projeto de extensão vinculado ao grupo, que nesta ocasião teve como tema o exercício de cidadania dos idosos, desenvolvida no ano de 2014. Resultados: Inicialmente, foi apresentada uma exposição dialogada que tratava sobre os direitos e deveres dos idosos em período de eleições, seguida de um momento de problematização entre discentes e idosos em uma roda de conversa. Após esse momento os idosos tiveram a oportunidade de manusear uma réplica da urna eletrônica, confeccionada pelos próprios discentes, para praticar e, assim, evitar dúvidas no momento da votação. Com isto foi possível perceber que alguns já possuíam certa habilidade com a urna, no entanto, outros tinham mais dificuldade. Alguns idosos relataram saber que, devido a sua idade, o exercício do voto era opcional, mas que na maioria das vezes desejavam realiza-lo. Conclusão: Percebemos que para tratar de assuntos como esse, as rodas de conversa são uma boa estratégia de educação em saúde. Esta ação exigiu que nós, bolsistas, fizéssemos a leitura de alguns materiais para nos apropriarmos melhor do assunto e, ainda, que elaborássemos um elemento lúdico – a urna – para dinamizar o desenvolvimento da ação. Dessa forma, foi possível dialogar de forma clara, esclarecendo dúvidas e trocando experiências com os idosos. Portanto, essa vivência reforça a importância do exercício da cidadania, seja para o idoso, profissional dos serviços, docente ou discente envolvido na situação.