A adolescência ilustra a faixa etária alvo de polêmicas a cerca da sua responsabilidade e autonomia, firmamento no âmbito de suas obrigações, como também, o fato de não poder se responsabilizar por seus atos perante a lei, o que tem gerado diferenciadas interpretações quando se tratando do exercício de sua sexualidade. Neste sentido, objetiva-se exibir um relato de experiência de acadêmicas do curso de enfermagem que buscaram desenvolver ações educativas acerca da sexualidade com adolescentes. Trata-se de um relato de experiência, realizado por quatro acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Regional do Cariri, que descreve uma atividade de educação em saúde realizada no mês de Junho de 2015 em uma escola Pública de ensino Médio no município de Iguatu-Ce. A atividade realizada através de uma roda de conversa procedeu-se em uma sala do segundo ano. Para adaptação da turma com as acadêmicas foi realizada uma dinâmica de interação e descontração. Em seguida iniciou-se a roda de conversa que se dividiam em três eixos temáticos: As mudanças biopsicossociais inerentes à adolescência; A importância do uso de preservativo para o estabelecimento da vivência da sexualidade de forma saudável e orientações a respeito de doenças sexualmente transmissíveis e a prevenção de gravidez. Ao final, uma dinâmica de consolidação do conteúdo foi realizada. A dinâmica inicial trouxe resultado de forma satisfatória, contribuindo para adesão e permanência dos adolescentes. Na discussão do primeiro eixo a sala permaneceu em silêncio, justificada pelo prévio conhecimento destes do assunto, porém apesar deste fato eles se mantiveram atentos. A exposição sobre os preservativos mostrou-nos que um número significativo de alunos conheciam mais a camisinha e pílula anticoncepcional como principais métodos, entretanto nunca haviam visto uma camisinha feminina. Triconomíase, Cancro Mole, Herpes, AIDS, HPV- Papiloma Vírus Humano e Gonorréia foram as selecionadas para serem trabalhadas nas discussões por serem das que mais se houve falar. Na dinâmica final, o resultado foi satisfatório. Os adolescentes responderam da melhor forma possível as perguntas e ao serem questionados da existência de duvidas a resposta se deu de forma negativa. Como é durante a adolescência que o desenvolvimento sexual adquire sua plenitude é fundamental que este tema seja privilegiado em ações tantos nas escolas quantos pelos profissionais de saúde, mostrando-se uma oportunidade de reflexão e discussão.