O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, resultado da incapacidade da insulina exercer seus efeitos adequadamente e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos (BRASIL, 2013; FAEDA; LEON, 2006). O planejamento alimentar e a atividade física são importantes para ajudar no controle dos diferentes tipos da patologia (SMELTZER; BARE, 2005). O objetivo deste trabalho é identificar nos pacientes portadores do DM as dificuldades em seguir o regime terapêutico. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de campo em que participaram 21 pessoas, no mês de Maio de 2015 em uma Unidade de Estratégia Saúde da Família no município de Natal/RN. Os usuários entrevistados relataram que as maiores dificuldades estão em manter uma dieta adequada, a regularidade do tratamento medicamentoso e a prática de atividades físicas. Os pacientes por diversos motivos (sociais, culturais e econômicos) não seguem o planejamento alimentar indicado pelo profissional de saúde, fazendo o consumo indiscriminado de alimentos com alto teor glicêmico. Muitos pacientes deixam de fazer uso dos seus medicamentos por conta própria, pois acreditam que quando seus níveis glicêmicos estão controlados e não apresentam mais os sintomas da doença encontram-se bem. Portanto, os exercícios físicos foram pouco referidos como parte integrante da conduta terapêutica do Diabetes Mellitus. Diante deste contexto uma das alternativas seria a referencia, pelo enfermeiro, do paciente ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) para ser acompanhado por um educador físico, pois a atividade física é de suma importância no controle do diabetes. Conclui-se a necessidade de um acompanhamento permanente de todos os profissionais de saúde envolvidos (multidisciplinaridade), para que o portador do DM possa ter assistência de forma integral. Medidas de educação e promoção em saúde, como: palestra, rodas de conversas, grupos de apoio, entre outros, faz-se necessário para garantir a eficácia do tratamento. Com relação aos grupos de apoio, foi notório que com a criação do grupo de HIPERDIA na Unidade Básica de Saúde, houve um aumento de cadastrados e à medida que se intensifica a adesão, melhora a assistência a esses pacientes com impacto positivo sobre o controle glicêmico e qualidade de vida.