Introdução: A adolescência compreende a fase dos 10 aos 19 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As mudanças físicas, psicológicas e comportamentais vivenciadas pelo adolescente podem contribuir para vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Esse contexto, constitui um desafio para promoção da saúde, exigindo a implementação de educação em saúde por profissionais da saúde no cenário escolar numa parceria firmada pelas diretrizes do Programa de Saúde na Escola. Objetivo: Relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem durante uma ação educativa sobre ISTs com adolescentes de uma escola municipal. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos de enfermagem, com alunos do nono ano de uma escola municipal no Curimataú Paraibano, durante uma atividade teórico-prática da disciplina Enfermagem na Saúde do Escolar e do Adolescente, do curso de Bacharelado em Enfermagem de uma instituição federal de ensino superior. A ação foi desenvolvida em quatro momentos, objetivando sensibilizar os adolescentes acerca da prevenção das ISTs, promovendo conhecimento e desmitificando tabus que envolvem a sexualidade nesta fase. A sequência envolveu acolhimento para propiciar o entrosamento com a turma, explanação da temática e avaliação, utilizando-se como metodologia o jogo da verdade. Ao final foi propiciado um momento para reflexões sobre os atos que colocam a saúde em risco por meio da brincadeira “moral da história”. Resultados e Discussão: Percebeu-se a relevância das ações educativas no contexto escolar, visto o interesse e envolvimento dos adolescentes no momento de reflexão junto aos seus pares, bem como apreensão das informações expressa pelos acertos aos questionamentos sobre o que foi apresentado. Conclusão: Diante do exposto, a relevância da educação em saúde ultrapassa o âmbito das unidades de saúde, fazendo-se necessária no cenário escolar frente às particularidades da adolescência. Possibilita a discussão em grupo acerca de temáticas de grande interesse desta fase, que apesar de transversais, são pouco trabalhadas em sala de aula, principalmente as atreladas a saúde sexual e reprodutiva. Desse modo, faz-se necessário que estas ações sejam implementadas pelos profissionais de saúde de forma dinâmica e reflexiva que sensibilizem os adolescentes a “pensar” e “agir” com responsabilidade para prevenção e promoção de uma vida saudável.