Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
ACOLHIMENTO COMO ESTRATÉGIA PARA A HUMANESCÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO
Relatoria:
ILARA MARIA FERREIRA ALVES
Autores:
- Thuísa Emmanuelle do Nascimento Pessoa Melo
- Cybele Maurício Queiroz de Souza
- Fábio Claudiney da Costa Pereira
- Clélia Albino Simpson
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Com a mudança no modelo de atenção à saúde, através da implantação da Atenção Primária à Saúde, por meio da Estratégia Saúde da Família, busca-se realizar ações como a escuta, o acolhimento, o diálogo e a negociação, enfim a humanescência. Assim, essas estratégias tem como propósito de assistir as necessidades individuais e coletivas com um olhar holístico, a fim de considerar os determinantes e condicionantes da saúde e doença. Por conseguinte, o modo de acolher proporciona uma maior intimidade e abertura para resolução de problemas entre os sujeitos envolvidos nesse processo: o trabalhador e o usuário. Objetivo: Descrever as potencialidades e obstáculos do acolhimento na Atenção Primária à Saúde, mais especificamente na Estratégia Saúde da Família, como estratégia para a humanescência do cuidado. Metodologia: Refere-se a uma revisão de literatura, do tipo descritiva com abordagem qualitativa, com busca nos bancos de dados latino-americana Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que para tal, utilizou-se dos descritores em ciências da saúde: Atenção Primária à Saúde, acolhimento, Estratégia Saúde da Família e humanização. Resultados: Apesar das diretrizes propostas pelo Sistema Único de Saúde, ainda é visto na Estratégia Saúde da Família, a existência de filas para marcação de consultas, problemas na infraestrutura, condições inadequadas de trabalho, bem como a ausência de ambiência. Há ainda, a desarticulação com os serviços da rede, a presença de um cuidado fragmentado resultando em uma prática excludente e com entraves na adoção do acolher. Entretanto, há territórios que a humanização se faz presente, onde as relações entre usuários e profissionais são de forma espontânea. Nesses espaços, o indivíduo se sente acolhido constrói lanços afetivos, confiança, respeito e autonomia. E ainda, preconiza-se uma escuta qualificada e interesse sobre as demandas buscando resolubilidade quando possível, enfim uma concretização da humanescência no atendimento. Conclusão: Dessa maneira, as estratégias de humanescência nas práticas de saúde, têm resultados significativos, contudo exige um maior esforço de todos envolvidos no processo. Portanto, a troca de informações da díade profissional/usuário acarreta no diálogo e vínculo de forma permanente e continuada, oportunizando o cuidado integral ao tornar os usuários parte integrante do processo.