Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS SOB A ÓTICA DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS
Relatoria:
NARA PRISCILA DE OLIVEIRA PEREIRA
Autores:
- Sarah Fontenele Dias Lima
- Victor Martins Bezerra
- Gracyelle Alves Remigio Moreira
- Tassianny Ferreira Nobre
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
A adolescência é marcada pelo descobrimento da sexualidade, explosão dos hormônios e conhecimento do corpo. Nessa fase, os indivíduos estão mais expostos à iniciação sexual sem preparação, o que pode acarretar em gravidez precoce. Torna-se necessário conhecer o que as adolescentes grávidas pensam e vivenciaram acerca do planejamento familiar, visando o desencadeamento de estratégias de prevenção da gestação nesse período da vida. O presente estudo teve como objetivo analisar a utilização de métodos contraceptivos sob a ótica de adolescentes grávidas. Trata-se de um estudo descritivo, realizado com sete adolescentes grávidas, primigesta e cadastradas no acompanhamento pré-natal do município de Cascavel, Ceará. A coleta de dados aconteceu no mês de maio de 2014. Para isso, utilizou-se a entrevista semiestruturada baseada em roteiro com perguntas abertas, abordando aspectos como sexualidade, planejamento familiar e gravidez na adolescência. As falas das participantes foram gravadas e transcritas na íntegra. Na análise dos dados foi adotada a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade de Fortaleza. O material empírico permitiu a construção de duas temáticas: (I) Contracepção consciente: realidade distante dos adolescentes; (II) Conversa sobre sexo seguro: constrangimento entre parceiros. Constatou-se que a maior parte das adolescentes não fazia uso de métodos contraceptivos antes de engravidar. Apenas duas mencionaram utilizar a “camisinhaâ€? de forma eventual. Ao serem indagadas sobre a consciência do risco de gestação sem a utilização de contraceptivos, três adolescentes estavam cientes desse risco, enquanto as demais não acreditavam que poderiam engravidar. Em relação ao diálogo com o parceiro sobre o assunto, verificou-se ausência ou ineficiência de comunicação entre o casal. As adolescentes investigadas tiveram dificuldades na utilização de métodos contraceptivos e não apresentaram uma postura consciente e responsável nas práticas sexuais. Diante desses resultados, a família, a escola e os agentes promotores de saúde pública devem se responsabilizarem em relação à educação sexual dos jovens, visando à obtenção de resultados positivos para a vida dos adolescentes.