Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
DIAGNÓSTICO SOCIODEMOGRÁFICO DE CUIDADORES DE HOMENS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: UMA REALIDADE CONTEMPORÂNEA
Relatoria:
LAIS MOREIRA SANTOS
Autores:
- JOCELLY DE ARAÚJO FERREIRA
- LUCICLEIDE ANDRADE DA SILVA
- MARIA VERÔNICA DOS SANTOS LINS
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A figura do cuidador na assistência domiciliar aos homens com necessidades especiais é de essencial importância, uma vez que auxilia esse indivíduo no suprimento de suas necessidades básicas e busca ao máximo sanar a limitação que o torna especial. Objetivo: Estabelecer o diagnóstico sociodemográfico de cuidadores de homens com necessidades especiais, no âmbito domiciliar. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 20 cuidadores de homens com necessidades especiais do município de Nova Floresta-Paraíba, entrevistados após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob o CAAE Nº 36063214.6.0000.5187. Resultados: A pesquisa revelou a prevalência de cuidadores do sexo feminino (80%), com faixa etária predominante de 51 a 59 anos (30%) e > 60 anos (30%). Referente ao estado civil dos entrevistados prevaleceram os solteiros e os casados em igual percentual (45%). A escolaridade revelou a prevalência do ensino médio completo (35%), seguido do fundamental incompleto (30%) apontando pouca qualificação, o que reflete diretamente na assistência prestada. Em relação à disponibilidade de tempo para o cuidado, o integral foi o mais prevalente (60%). Desses cuidadores (55%) relataram como situação empregatícia a opção outros, que dentre elas está a de agricultor, balconista e professor, permitindo a contemplação acerca do despreparo dos cuidadores, por não possuírem uma formação específica para o ato de cuidar. A maioria dos cuidadores alegou não possuir carteira de trabalho assinada (90%) e os que possuem (10%) não é para a função de cuidador, desvelando a ocupação para além do cuidar. Todos os entrevistados (100%) afirmaram não possuir registro na Classificação Brasileira de Ocupações, o que comprova que a ocupação de cuidador ainda ocorre de maneira informal, necessitando o reconhecimento dessa classe junto aos órgãos oficiais. No tocante ao vínculo familiar/afetivo, os filhos foram prevalentes (50%), em que o cuidar emerge como um ato intuitivo, por amor, por responsabilidade e não como uma ocupação. Conclusão: O estudo permitiu descrever as características sociodemográficas de cuidadores de homens com necessidades especiais, o que poderá ser útil para conhecer a realidade de cada cuidador e sua percepção acerca da assistência ofertada, além de auxiliar na elaboração de ações voltadas ao binômio cuidador e ser cuidado.