Introdução: A Endometriose trata-se de uma afecção ginecológica comum, que afeta geralmente mulheres em idade reprodutiva, sendo mais frequente entre os 30 e 40 anos. Caracteriza-se pelo crescimento de tecido endometrial em áreas fora da cavidade do endométrio, sendo a cavidade pélvica o local mais comumente afetado. Seus aspectos clínicos são variáveis, podendo ser assintomático ou ocorrer dismenorreia, dispaurenia, infertilidade, entre outros. Objetivo: Expandir a percepção dos profissionais de enfermagem sobre a temática, visando contribuir para que os mesmos desenvolvam um olhar crítico e holístico sobre a mulher com Endometriose. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados SciELO, LILACS, Biblioteca COCHRANE e BDENF, todas indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Através dos descritores ‘Endometriose’, ‘Cuidados de Enfermagem’ e ‘Saúde da Mulher’, buscou-se por artigos que se enquadrasse aos seguintes critérios de inclusão: ser disponível na íntegra, em língua portuguesa, publicados entre os anos de 2010 e 2015 e que atendessem ao objetivo do estudo; totalizando uma amostra de 10 artigos. Resultados: Diante dos artigos analisados foi visto que existe uma grande dificuldade em diagnosticar precocemente a Endometriose, devido seus sintomas geralmente serem confundidos com os do período menstrual ou de outras patologias. Desse modo, a adesão ao tratamento é retardada, o que leva a graves consequências à saúde da mulher. É necessário, portanto, que o enfermeiro esteja capacitado para lidar e cuidar adequadamente dessa mulher, com enfoque principal para prevenção e bem-estar, desenvolvendo uma avaliação detalhada a fim de diagnosticar o mais breve possível a doença. Conclusão: Visto que esta é uma doença de difícil diagnóstico e que, muitas mulheres não tem o hábito de procurar a Estratégia de Saúde da Família, a Endometriose, quando descoberta, já se encontra em estágio avançado. A equipe de saúde, principalmente o enfermeiro deve incentivar e buscar a inclusão dessas mulheres aos procedimentos preventivos, e também oferecer apoio emocional e clínico, já que essa patologia acarreta prejuízos orgânicos e transtornos emocionais à mulher, visando evitar complicações posteriores.