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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS DA OROFARINGE DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DA REDE HOSPITALAR
Relatoria:
LINCOLN VITOR SANTOS
Autores:
  • Maria Regina Pires Carneiro
  • José Cícero da Silva
  • Vera Lúcia Corrêa Feitosa
  • Leandro Eugenio Cardamone Diniz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, legislação e trabalho
Tipo:
Dissertação
Resumo:
A importância do rastreamento de cepas de S. aureus nas vias aéreas superiores, reside na possibilidade dos indivíduos portadores servirem como reservatório deste microrganismo e fonte de infecção. Os profissionais da Enfermagem figuram como um importante público alvo para investigações microbiológicas, uma vez que, fazem parte da cadeia de transmissão das infecções hospitalares. Portanto, o objetivo principal deste estudo, inédito no Estado de Sergipe, foi caracterizar isolados de S. aureus da orofaringe dos profissionais de Enfermagem das unidades da Rede Hospitalar de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju/SE. Trata-se de pesquisa descritiva e quantitativa, desenvolvida em duas unidades hospitalares públicas municipais. As amostras da orofaringe foram semeadas e as colônias de S. aureus foram triadas através de provas morfológicas e bioquímicas. As estirpes com perfil de resistência e resistência intermediária à oxacilina foram submetidas a: teste de sensibilidade com disco-difusão de cefoxitina; método de MIC para oxacilina; e ensaio de PCR para detecção dos genes mecA e lukPV. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFS. Foram coletadas amostras de orofaringe de 153 profissionais de enfermagem. A maioria dos participantes era do sexo feminino (86,93%) e 66,67% exerciam mais de uma atividade laboral. Foi possível isolar colônias de S. aureus da orofaringe de 57,51% profissionais, destas 11,98% eram inicialmente MRSA, isoladas a partir da amostra de 13,0% dos participantes. Apenas 6,25% dos isolados foram positivos para a presença do gene mecA e nenhum para o gene lukPV. No total, este estudo encontrou 26 colônias mecA positivas. Neste estudo, a taxa de colonização da orofaringe dos profissionais de enfermagem por MRSA foi de 11,76%. A maior porcentagem de portadores de MRSA foi a de técnico de enfermagem. Mais de 60,0% dos profissionais com positividade para S. aureus trabalhavam no setor de urgência adulto. Dentre os 18 portadores de MRSA, 88,89% atuavam na Urgência adulto. Detectou-se que a prevalência de S. aureus na orofaringe dos profissionais de enfermagem é compatível com a literatura. Se os profissionais em questão são fonte de disseminação ou receptores, é difícil de determinar. Recomenda-se que medidas de vigilância sejam adotadas visando à diminuição da transmissão de microrganismos entre profissionais e pacientes, reduzindo, deste modo, os riscos de infecção hospitalar.