Introdução: As práticas terapêuticas não alopáticas são recursos clínicos que objetivam o cuidado não medicamentoso, onde possui pouco ou nenhum efeito colateral e envolvem o ser humano holisticamente. Essas práticas vêm sendo infundidas no contexto da promoção, prevenção e reabilitação do desequilíbrio biopsicossocial, buscando uma transformação do modelo biomédica. Nesse contexto, elas podem ser utilizadas associadas à medicina convencional para promover a saúde do indivíduo por meio de tecnologias naturais eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora e no desenvolvimento do vínculo terapêutico. Objetivo: Investigar a finalidade do uso das práticas não convencionais em saúde por visitantes com vínculos afetivos e/ou familiares de pacientes críticos. Métodos: Estudo exploratório e descritivo, com delineamento quantitativo, realizado nos ambientes de atendimento ao paciente crítico do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na cidade de João Pessoa – Paraíba. A pesquisa foi efetivada com os familiares e vínculos afetivos de pacientes críticos. A coleta foi realizada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 328.320. Resultados: Observou-se que a maior frequência para as finalidades está concentrada nos casos agudos como a diarreia (38%) e a dor (36%). Nas situações crônicas, a frequência também merece destaque para o estresse (25%), a insônia (12%) e a fadiga (4%). Percebe-se que o foco central de atenção nos sistemas de saúde nos países em desenvolvimento, como o Brasil, são os problemas agudos, tendo em vista que alguns problemas crônicos necessitam de atenção especial. A utilização das práticas não convencionais em saúde está diretamente relacionada ao alívio físico da dor e ao alívio emocional, favorecendo o aumento da qualidade de vida do paciente crítico. Conclusão: No mundo contemporâneo as terapias não convencionais em saúde são uma constante, pelo fato da dificuldade que a medicina tradicional possui de solucionar e tratar alguns agravos à saúde, e pelos indivíduos optarem por tratamentos de menor custo e de fácil aquisição. Diante disto, os indivíduos tentam buscar suporte em práticas não tradicionais, para solucionar ou amenizar os problemas de saúde.