Introdução: A epidemia causada pelo HIV representa fenômeno global, cuja forma de ocorrência depende, dentre outros fatores, do comportamento humano individual e coletivo. Apesar dos benefícios alcançados em relação ao controle da doença, vivemos muitos dos “resquícios” deixados pela época de pavor que caracterizou o início da epidemia. No que se refere à vulnerabilidade, esse conceito emerge no âmbito das suscetibilidades de indivíduos e coletividades a infecção, adoecimento e morte pelo HIV. Objetivo: Identificar os elementos que contribuem para a vulnerabilidade individual e social ao HIV/Aids. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se a busca de textos científicos, nas bases de dados, SCIELO, LILACS e MEDLINE. A busca foi realizada utilizando os descritores vulnerabilidade, síndrome da imunodeficiência adquirida e enfermagem. Os critérios de inclusão dos textos foram: textos completos disponibilizados na íntegra; abordagem da temática sobre vulnerabilidade à doença; publicação nacional e internacional que estivessem no intervalo entre 2010-2015. Resultados: Foram captados 62 trabalhos. Destes, selecionou-se 14 textos completos. Analisando os artigos selecionados, destaca-se que no plano social, a vulnerabilidade diante do HIV/Aids é mediada pela noção de cidadania e de direitos, em especial, o direito humano à saúde, os direitos sexuais e reprodutivos e o direito à livre orientação sexual; pelo repertório de crenças e valores relacionados ao exercício da sexualidade, ao processo saúde/doença/cuidado; pelos sentidos e significados sociais atribuídos ao pertencimento étnico e racial, à masculinidade, à feminilidade e as identidades de gênero, à idade e geração, denominação religiosa, dentre outras dimensões. Enfatiza-se ainda que a vulnerabilidade em relação a Aids vincula-se a um conjunto de aspectos: individuais, sociais e programáticos. Conclusão: Os elementos que contribuem para a vulnerabilidade ao HIV/Aids referem-se muitas vezes às formas de organização de cada sociedade, seus hábitos, a distribuição do poder que faz com que pessoas disponham de maior ou menor acesso aos recursos materiais, à escola, aos serviços de saúde e com isso tenham mais ou menos chances de modificar seus contextos de vida. A discriminação pode dificultar o acesso a bens como emprego, escola e serviços de saúde, fazendo com que dessa forma tenham menores chances de obter informações para se prevenir do HIV.