INTRODUÇÃO: Devido à exposição das mulheres aos mais diferentes fatores de risco, o Câncer do Colo do Útero continua sendo um importante problema de saúde pública. O Ministério da saúde recomenda, como estratégia preventiva, a realização periódica do exame citopatológico (Método de Papanicolaou) para que haja o rastreamento precoce da doença diminuindo a incidência e a mortalidade. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no desenvolvimento da atividade teórico-prática curricular referente à disciplina Enfermagem na Saúde da Mulher, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência que descreve a importância da humanização durante a realização do exame citopatológico, a partir de registros feitos em um diário de campo das atividades acadêmicas realizadas no mês de março de 2015. Trata-se de um olhar qualitativo, que abordou a temática a partir de métodos descritivos e observacionais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A realização do exame citopatológico possui várias formas de invasão a mulher, envolvendo uma série de procedimentos que causam medo, incômodos e vergonha. A vivência durante a atividade teórico-prática, por sua vez, foi louvável quanto ao cuidado humanizado ofertado às mulheres que compareciam ao serviço, tendo em vista que a enfermeira tentava a todo instante assistir as mulheres em seu contexto biopsicossocial, sempre levando em consideração o respeito ao pudor das pacientes, sua privacidade, conforto e esclarecimentos em todas as dúvidas. Tal assistência acolhedora e integral favorecia o retorno de mulheres que já estiveram em outros momentos na UBS realizando o exame citopatológico, contribuindo para maior adesão de mulheres rastreadas constantemente pelo serviço e prevenindo-as do Câncer do Colo de Útero. CONCLUSÕES: A enfermagem atuou positivamente durante esta vivência, de modo que permitiu que as mulheres assistidas se sentissem confortáveis e retornassem à UBS. Deste modo, a assistência humanizada visualizada durante a consulta de enfermagem e a realização do exame contribuiu para diminuir a tensão existente no momento do atendimento, deixando a mulher ciente de todos os cuidados e do procedimento, empoderando-a e tornando-a ativa no processo de promoção de sua própria saúde. Este exemplo deve ser divulgado e perpetuado para que mais mulheres tenham acesso a uma assistência diferenciada por valorizar a humanização em saúde.