Introdução: O cateterismo vesical é um procedimento utilizado nos pacientes em situações clínicas no ambiente hospitalar e ambulatorial; geralmente está associado a Infecções do Trato Urinário (ITU’s) presentes em quase todos os pacientes submetidos à sondagem vesical por mais de quatro semanas, ou seja, durante o cateterismo vesical de demora (CVD), sobretudo quando não são seguidas as práticas adequadas quanto à indicação e execução. Por tratar-se de um procedimento privativo do enfermeiro, este apresenta papel fundamental na prevenção destas infecções e, consequentemente na segurança do paciente. Objetivo: Descrever as ações de enfermagem para promover a segurança do paciente durante o CVD. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo relato de experiência, realizada durante as aulas práticas de monitoria na disciplina enfermagem nas clínicas médico-cirúrgica sob supervisão do preceptor, que ocorreram no ambulatório de sondagem vesical de um Hospital Referência em oncologia e nefrologia no estado do Pará no período de 10 de março de 2014 a 05 de maio de 2014, onde foi observado pelos pesquisadores o uso de cateteres vesicais de longa permanência como um importante fator de risco para o desenvolvimento de ITU’s. Resultados: Observou-se que a permanência do cateter vesical nos pacientes do ambulatório é longa, observando-se na maioria dos casos, a cronicidade de cateterização, ocorrendo a troca da sonda a cada 21 dias, no mínimo. Essa cateterização prolongada predispõe substancialmente o desenvolvimento das ITU’s, haja vista que o tempo de permanência da sonda é diretamente proporcional ao surgimento dessas complicações. Aliado a isso, idade, sexo, presença de comorbidades nos paciente e ações iatrogênicas da equipe de saúde também influenciam nas afecções do CVD. Notou-se que os cuidados de enfermagem no CVD dependem da manipulação direta de profissionais capacitados e que estes sigam as recomendações necessárias para o seu manejo que incluem inserção estéril, cuidados com o cateter, remoção o mais precoce possível e o uso de um sistema de coleta fechado, com o intuito de reduzir a morbimortalidade das ITU’s. Conclusão: O profissional responsável deve está atento para possíveis sinais de infecção no paciente sondado, pois a detecção precoce possibilita a prevenção e reduz os riscos de ITU’s pelos mesmos. Portanto, conhecer as práticas recomendadas para a sondagem vesical é essencial para a melhoria na qualidade da assistência de enfermagem.