O envelhecimento populacional ocorre devido ao aumento da expectativa de vida e à redução das taxas de fecundidade, resultando em uma mudança do perfil de morbimortalidade da população, caracterizado por maior carga de doenças crônicas. Neste contexto, uma das condições crônicas que podem se desenvolver, ao longo do envelhecimento, é a incontinência urinária, definida como a perda involuntária de uri¬na em quantidade e frequência suficientes para causar um problema social ou higiênico. O presente estudo objetivou analisar a produção científica disponível sobre os fatores associados à incontinência urinária na pessoa idosa. Estudo de revisão integrativa da literatura realizado na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores “incontinência urinária” and “idoso”. Identificou-se 10554 artigos, sendo selecionados os que se encaixavam nos seguintes critérios de inclusão: publicações compreendidas no período de 2008 a 2013, texto completo disponível no idioma português e enquadramento temático que utilizou como questão norteadora: quais os principais fatores associados à incontinência urinária em idosos apontados na literatura? Dessa forma, obteve-se 14 artigos que compuseram a amostra do estudo. Observou-se que no ano de 2011 ocorreu o maior número de publicações, houve predomínio da abordagem quantitativa, o estado de São Paulo apresentou a maior quantidade de artigos científicos e poucas produções foram feitas por enfermeiros. Encontraram-se duas categorias temáticas por similaridade semântica: caracterização da incontinência urinária na pessoa idosa e fatores associados à incontinência urinária em idosos. Observou-se que as incontinências de esforço e a mista foram as mais prevalentes, os idosos relataram diversas perdas diárias ou, em média, uma vez por semana e a maioria referiu ocorrência de perdas há mais de um ano. Quanto aos fatores associados, a cognição prejudicada, as alterações anatômicas e funcionais do envelhecimento, a qualidade de vida, o uso de medicamentos anti-hipertensivos e a classificação de fragilidade foram importantes aspectos que apresentaram relação direta com a incontinência urinária na pessoa idosa. Os fatores associados à incontinência urinária em idosos apontados neste estudo são dados de alerta que podem contribuir para o desenvolvimento de ações efetivas de saúde na prevenção desse agravo o que poderá proporcionar melhor qualidade de vida da população em idades mais avançadas.