Estomia é uma comunicação cirúrgica com o meio externo, em órgãos e vísceras ocas. Ao se deparar com o estoma, o paciente passa a viver uma nova realidade, com uma percepção sobre si alterada, alem do processo de adaptação. A atuação da enfermagem ocorre por meio de ações de educação sobre o autocuidado do estoma, visto que o enfermeiro além de um cuidador é um educador. Objetivou-se analisar artigos sobre o papel de educador desempenhado pelo enfermeiro na assistência ao paciente estomizado. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de abril de 2014. Foram levantados artigos que atendiam aos critérios de inclusão: língua portuguesa, publicados entre os anos de 2008 a 2013, relacionados ao tema proposto e que puderam ser resgatados na íntegra. Foram identificados 19 artigos, analisados de acordo com o ano de publicação, abordagem metodológica, região do país e categorias temáticas. Evidenciou-se que 2012 e 2013 foram os anos de maior produção (21% cada). A região de maior publicação foi a Sudeste (58%) e a abordagem mais usada foi à qualitativa (95%). Os artigos foram agrupados em duas categorias: Alterações no estilo de vida do paciente estomizado (37%) e Educação e aprendizado entre os profissionais enfermeiros e o cliente estomizado (63%). A primeira categoria evidencia o enfrentamento do paciente frente a sua nova situação, requerendo um trabalho multidisciplinar de toda a equipe. O impacto no âmbito social leva o paciente a um isolamento do convívio social e familiar, influenciando na postura do estomizado e na adesão do cuidado ao estoma e aceitação de sua nova condição. Na segunda categoria percebeu-se que o enfermeiro na condição de educador em saúde, precisa conhecer a realidade na qual se situa o cliente, no intuito de elaborar um plano de cuidado individual atendendo suas necessidades. Entre as atribuições da enfermagem, está o suporte no período pré-operatório, na qual busca ajudar o paciente e a família a compreender melhor sobre o procedimento, complicações e o autocuidado. Concluiu- se que a educação em saúde é indispensável no cuidado aos pacientes estomizados, necessitando-se de uma assistência multidisciplinar que atue efetivamente na busca pela melhoria da qualidade de vida. Em adição, Evidenciou-se uma preocupação a pouca atenção dispensada pelos profissionais em relação à alteração psicológica desses clientes e à falta de acompanhamento no período pré e pós-operatório.