A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Melitus (DM) são duas patologias crônicas que acometem milhares de brasileiros acarretando prejuízos individuais, familiares, sociais e políticos. O tratamento, apesar de proporcionar controle, não traz a cura definitiva e tal fato nos remete que a prevenção através da promoção da saúde é a melhor opção. Objetivou-se relatar a experiência da realização de duas oficinas de promoção da saúde para prevenção da Hipertensão e do Diabetes na comunidade de pescadores denominada Manga, interior do Maranhão. A trajetória metodológica iniciou-se através da realização de um diagnóstico situacional da comunidade para determinar quais oficinas seriam mais pertinentes de serem trabalhadas. Em seguida as ações foram elaboradas com pretensão de problematizar o conhecimento das pessoas envolvidas sobre sua realidade, através de dinâmicas que instigassem os moradores a verbalizar palavras geradoras e norteadoras das ações de saúde, com o intuito de demonstrar como se dá o processo saúde/doença dos problemas diagnosticados. Cabe destacar que durante a realização destas oficinas optou-se por não adotar critérios de exclusão para participação de moradores nas oficinas tendo em vista, que se pretendia alcançar e beneficiar o maior número de moradores da zona rural. As oficinas capacitaram os moradores sobre conhecimentos teóricos como: definição de hipertensão arterial e o diabetes mellitus, fatores etiológicos, fatores de risco, epidemiologia, classificação do diabetes quanto ao tipo, sinais e sintomas das doenças, hábitos de saúde e estilo de vida saudável, prevenção primária. A oficina esclareceu dúvidas, instigou comportamentos e hábitos de vida adequados, orientou a busca da atenção ao serviço preventivo, realizou ações que não se limitavam a orientações teóricas como a aferição da Pressão Arterial Sistêmica (PAS). Do ponto de vista acadêmico, as oficinas contribuíram ainda para a formação dos acadêmicos de enfermagem no sentido de aperfeiçoá-lo para as vivências práticas que extrapolam os muros institucionais. Pode-se constatar a relevância do papel dos alunos como agente transformador da realidade social da população assistida.