INTRODUÇÃO: No cenário atual de mudanças no processo de trabalho em saúde, com a introdução de inovações tecnológicas e de novas formas de organização do trabalho a assistência prestada á mulher nos serviços de saúde esta cada vez mais desafiadora. Nessa perspectiva, é desejável que os profissionais tenham um perfil generalista e problematizador, preparados para atuar em equipe multiprofissional de acordo com as diretrizes do SUS. Portanto, o programa de residência de enfermagem favorece o desenvolvimento de um olhar holístico e integral da mulher usuária que se encontra sob assistência. OBJETIVO: demonstrar a importância da participação do programa de residência na assistência à mulher, neonato e família. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma Enfermeira da Residência em Enfermagem em Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde do Recife com ênfase em Enfermagem Obstétrica (IMIP/SS-RECIFE) no período de abril á maio de 2014. RESULTADOS: A residência no município é inovadora, a proposta do programa é trabalhar a assistência em redes de maneira que as residentes façam rodízios da atenção básica a maiores níveis de complexidade, com foco na assistência obstétrica humanizada. O programa conta com 5 (cinco residentes), uma coordenadora e vice-coordenadora e preceptores. Nesta experiência, as residentes podem aperfeiçoar a capacidade de associação teórica/prática adquiridos na graduação e buscar novos habilidades através de cursos de caráter obrigatórios e optativos da grade curricular. Devem atuar no campo de estágio por 60 horas semanais durante 24 meses. As participantes conhecem as rotinas dos serviços, colocam em prática a humanização da assistência, trabalham educação em saúde, realização exames preventivos, elucidação de dúvidas aos pacientes e apoio/cuidado á mulher e sua família. O programa faz contribuições para iniciação à docência e possibilita o contato com a experiência de construção do ensino, de forma a ser facilitador do aprendizado no campo prático, pois residentes realizam seminários semanais, debates de casos clínicos e grupos de revista. CONCLUSÃO: Diante do exposto, a participação na residência oportuniza o entrelaçamento dos conhecimentos teóricos com a prática assistencial humanizada, possibilitando o envolvimento real com os problemas encontrados no dia-a-dia na atenção a saúde da mulher.