Introdução: Com o advento da Reforma Psiquiátrica no Brasil, o número de hospitais psiquiátricos reduziu-se drasticamente a partir do final da década de 1970, buscando-se a substituição do modelo hospitalocêntrico e estigmatizador por um modelo desinstitucionalista e humanizado. Porém, dado o cenário da saúde mental no país, que encontra-se em construção, ainda perduram algumas instituições hospitalares que, diferentemente dos séculos passados, inclui em suas rotinas atividades inclusivas e humanizadas, a fim de tornar a sua realidade diferente. Objetivo: Evidenciar, através de um relato de experiência a vivência em um hospital psiquiátrico no Piauí. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, de caráter descritivo, ocorrida durante atividade recreativa para celebração do Natal com pacientes portadores de transtorno mental em um hospital psiquiátrico em Teresina-PI, como prática da disciplina Enfermagem em Saúde Mental, do curso de Enfermagem, realizada em dezembro de 2013. Resultados: O Piauí conta com um único hospital psiquiátrico que atende todo o estado e algumas cidades do Maranhão, contando com um número elevado de atendimentos e internações, sendo campo de prática para os estudantes de saúde mental, razão da escolha para celebração natalina como atividade que visse a contribuir positivamente para o bem-estar dos pacientes ali assistidos. Foram promovidas dinâmicas de grupo, danças, distribuição de brindes e coquetel - com recursos oriundos de doações de estudantes, empresas e sociedade civil. Os estudantes, professores e pacientes tiveram a oportunidade de estreitar relações construídas durante o período no qual desenvolveram-se as práticas da disciplina naquela instituição. Na oportunidade, foi notória a interação, a animação dos internos e a colaboração para a realização da atividade que aconteceu sem intercorrências. Conclusão: Um hospital psiquiátrico pode muitas vezes se tornar um ambiente hostil, dada as condições físicas e biopsicossociais às quais o indivíduo interno é submetido. A promoção de atividades que venham a colaborar com a melhora da autoestima dos pacientes é fator indispensável para a sua reafirmação como ser humano e fortalecer relações entre profissionais, estudantes e professores com aqueles indivíduos. Levando-nos a enxergar uma nova dimensão da assistência à saúde que não deve contar apenas com a prática da administração medicamentosa.