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Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SOLICITAÇÃO DE EXAMES E PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA NO PRÉ-NATAL: AUTONOMIA/DIFICULDADE
Relatoria:
RÔMULO WANDERLEY DE LIMA CABRAL
Autores:
  • Ana Lúcia de Medeiros
  • Nilzete Belarmino de Medeiros
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A gravidez é um evento biologicamente normal e um acontecimento especial na vida de uma mulher, mas exige modificações e adaptações fisiológicas para a manutenção da saúde materna e fetal. Mas, em alguns casos surgem intercorrências que podem e devem ser prevenidas e ou tratadas no pré-natal, principalmente, com assistência de enfermagem de qualidade. Entretanto, o enfermeiro como profissional que mais acompanha as gestantes em nosso país, vem ganhando espaço na sua atuação, mas também, enfrentando muitos conflitos e desafios que a atualidade e as inovações impõem. Neste contexto, esta pesquisa objetivou identificar a autonomia e as dificuldades do enfermeiro na solicitação e análise dos exames laboratoriais e da prescrição de medicamentos na assistência pré-natal. Através de estudo descritivo e bibliográfico, realizado nas bibliotecas de instituições públicas e privadas da cidade de João Pessoa-PB, em livros, teses e artigos indexados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, BDENF e LILACS, durante fevereiro a maio de 2014. Constatou que os enfermeiros, geralmente, possuem curso de especialização ou capacitação na ESF ou em Saúde da Mulher. Sempre realizam a primeira consulta, com a solicitação dos exames laboratoriais, mas, nunca analisam estes exames, pois a segunda consulta fica com o médico. Somente são prescritos o sulfato ferroso, ácido fólico, nistatina, paracetamol e as polivitaminas. Entretanto, existem outras deficiências no acompanhamento das gestantes, pois a literatura ressalta que alguns procedimentos não estão sendo realizados e a necessidade de reavaliação dos exames e a prescrição de outras medicações necessárias que podem ser prescritas. Assim, constata-se comprometimento na qualidade da atenção pré-natal, com elevada incidência de sífilis congênita, hipertensão arterial e hemorragias como causas de morbimortalidade e as infecções do trato urinário, diabetes gestacional e a não realização do elenco mínimo dos exames. Contudo, a pesquisa evidencia a necessidade de uma maior investigação avaliativa, tendo em vista a baixa qualidade na condução das consultas e a necessidade de investimentos na formação de pessoal para uma melhor qualidade no atendimento à mulher no período gravídico, assim como a incorporação de protocolos que traduzam padrões baseados em evidências científicas na prática da enfermagem na saúde da mulher.