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Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM EPILEPSIA E TRANSTORNO MENTAL ASSOCIADO
Relatoria:
ALEX DUMAS SOUZA CAMPOS
Autores:
  • CAMILA CRISTINA GIRARD SANTOS
  • MÁRIO ANTÔNIO VIEIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A epilepsia consiste em um transtorno neurológico causado por doenças ou disfunções no sistema nervoso central, caracterizado por convulsões recorrentes e espontâneas. Historicamente o paciente epilético é estigmatizado como portador de um transtorno mental, porém um problema independe do outro podendo, em alguns casos, surgir em associação. A crise epilética pode vir precedida de sinais e sintomas que constituem a aura epilética, são eles: aumento dos movimentos peristálticos, bruxismo, emissão de murmúrios, trismo palpebral e obnubilação da consciência, já com transtorno mental associado o paciente também poderá apresentar alucinação olfativa, gustativa, auditiva, sensitiva e tátil. Objetivo: Sistematizar a assistência de Enfermagem ao paciente portador de epilepsia com transtorno mental associado. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, tipo relato de caso. Realizado no período de 20 a 31 de Março de 2014 durante estágio em uma Fundação Hospital referência em Psiquiatria no estado do Pará. A coleta de dados foi realizada por meio de análise do prontuário e consulta com o paciente, subsidiada por meio de pesquisas bibliográficas sobre a temática. Após a coleta de dados, foram traçadas as impressões diagnósticas e assistências de enfermagem. Resultados: C.A.A, 33 anos, foi admitido no referido hospital após uma crise epilética na rua. Relatou corriqueiramente ser internado após desencadeamento das crises. Referiu perder o emprego após ser internado por crises que surgiam sem motivos aparentes. Relatou sentir odores e gostos estranhos, além de ouvir vozes e sentir o corpo “sair de si”, antes de iniciar uma crise epilética. Foram traçados como principais diagnósticos de enfermagem: Risco de lesão auto-infligida; Alterações sensoriais perceptivas: evidenciado por alucinações auditivas; Alterações no processo de pensamento, evidenciado por alucinações sinestésicas. Foram estabelecidas as seguintes intervenções: orientar quanto à busca por local seguro quando sentir os sintomas da aura; durante a crise, colocar a camisa do paciente na boca do mesmo, para evitar laceração da língua e deixá-lo em decúbito lateral para evitar broncoaspiração. Conclusão: A epilepsia associada ao transtorno mental é uma doença de manejo simples. Os métodos farmacológicos para diminuição das crises, associado a uma assistência de enfermagem adequada são suficientes para um bom prognóstico e garantia da qualidade de vida ao paciente.