INTRODUÇÃO: A rede hospitalar emergencial, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências, constitui uma portas de entrada no serviço de saúde. Neste cenário observamos que, normalmente, estas instituições, acolhem grande número de usuários, extrapolando suas capacidades instaladas, criando leitos extras conhecidos popularmente, no Ceará, como “piscinão”. Neste contexto, ressaltamos a participação do Enfermeiro, como membro da gestão dos Leitos e facilitador no processo de transferência destes pacientes. Vale destacar os princípios norteadores do SUS (universalidade, equidade, autonomia, igualdade e integralidade) e a Política Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) que buscam garantir atenção não à doença e sim ao ser humano que adoece. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada pelo Enfermeiro nas transferências internas e externas de pacientes durante no Plano de Contingenciamento. METODOLOGIA: Estudo de abordagem crítico-reflexivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma Unidade Hospitalar de Grande Porte, localizado na cidade de Fortaleza-Ce, no período de setembro a dezembro de 2013. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período do estudo passaram 1.491 pacientes pelos leitos extras, sendo todos estes transferidos interna ou externamente para quatro hospitais previamente acordados com leitos de retaguarda. Estes “parceiros” disponibilizaram leitos para hospitalizações para pacientes fora do perfil de atendimento terciário. O papel do enfermeiro foi fundamental desde a assistência direta, avaliando pacientes possíveis de transferência, na interlocução com médicos e outros profissionais envolvidos até na gerência da captação de leitos identificando as possíveis altas, avaliando a necessidade de transferências e buscando leitos em hospitais de retaguarda. CONCLUSÃO: A participação dos Enfermeiros no processo de transferências dos pacientes extras funciona como dispositivo facilitador na otimização da utilização dos leitos e da rotatividade destes, utilizando critérios éticos, visando garantir diminuir o tempo de internação desnecessária e abrir novas vagas para demandas represada, sendo imprescindível sua presença neste processo.