O brincar, na assistência à saúde da criança, é inerente ao cuidado humanizado prestado nas clínicas pediátricas, quer sua finalidade seja recreativa ou terapêutica. Isso porque, o brincar é para a criança, uma maneira de descobrir a si mesma, os outros e o ambiente no qual está inserida. Tal atividade é imprescindível para o seu crescimento e desenvolvimento.O Brinquedo Terapêutico consiste em um brinquedo estruturado que possibilita à criança aliviar a ansiedade gerada por experiências atípicas para sua idade que costumam ser ameaçadoras e requerem mais do que recreação, para que sejam resolvidas. Este estudo objetiva enfatizar a importância da utilização do Brinquedo Terapêutico para a assistência de enfermagem humanizada à criança. Metodologicamente, trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, consubstanciado numa abordagem qualitativa, cujas referências são textos acadêmicos especializados, bem como artigos indexados publicados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Scientific Electronic Library Online (SciELO), no período de 2001 a 2012, cujos critérios de inclusão foram: Trabalho Completo, Idioma em Português e Acessibilidade. No processo de hospitalização, há uma quebra de rotina e a retirada da criança do ambiente no qual ela se sente segura, na proximidade de sua família e essa experiência pode ser traumática, porque no ambiente hospitalar, ela passa, muitas vezes, por procedimentos dolorosos e invasivos. Tais procedimentos precisam ser esclarecidos à criança, com uma linguagem que ela compreenda, e a depender da faixa etária, a única opção é o brincar. É através do brincar que a criança expressa algumas emoções que muitas vezes ela não consegue expressar em um diálogo, e, neste sentido, o Brinquedo Terapêutico é uma ferramenta que, não só minimiza o sofrimento da criança frente ao processo de hospitalização, mas permite que a própria equipe de enfermagem conheça as angústias e emoções desta mediante o processo e procedimentos nele realizados. Assim, o Brinquedo Terapêutico é fundamental não só pelos benefícios que traz a criança, mas também por fortalecer o vínculo desta com a equipe que lhe assiste, possibilitando maior confiança durante a realização dos procedimentos e tornando o processo de hospitalização menos traumático para a criança.