A circulação extracorpórea (CEC) é considerada uma modalidade de circulação controlada, indispensável à maioria das cirurgias cardíacas corretivas. Os efeitos deletérios da CEC estão relacionados com o desenvolvimento da “Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica”, caracterizado por um comprometimento pulmonar, renal, cerebral e cardíaco. O objetivo deste estudo foi investigar as diferenças de desfechos em cirurgias cardíacas com CEC e sem CEC, analisando os benefícios da escolha desse método e suas eventuais complicações. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada através de um levantamento de artigos na íntegra, a partir da base de dados eletrônicos(BVS). Foram utilizados artigos publicados no a partir de 2008. Onde 23 artigos foram selecionados e analisados conforme: ano de publicação, abordagem metodológica, unidade de federação e uso do método com CEC ou sem CEC. Verificou-se maior publicação no ano 2010, a abordagem metodológica quantitativa destacou-se como a mais frequente, o estado do São Paulo destacou-se como a UF de maior publicação e a maioria dos trabalhos relatavam sobre o uso do método CEC. Os artigos foram distribuídos em três categorias: Complicações pelo uso da CEC: O uso da CEC acarreta complicações como isquemia, reperfusão e complicações neurológicas, além da redução da capacidade dos músculos respiratórios, à necessidade de transfusão de sangue, o descontrole de glicemia e a indicação de diálise. O tempo cirúrgico extenso pode estar relacionado à complexidade do caso, onde quanto maior o tempo de cirurgia, maior o número de procedimentos realizados; Fatores que influenciam a utilização da CEC: É a técnica mais utilizada, cuja finalidade é propiciar um campo cirúrgico limpo, preservar as características funcionais do coração, além de evitar que a hemostasia resulte em atividades pró-coagulante pós-cirúrgica e oferece maior segurança à equipe cirúrgica; Atuação do enfermeiro ao pacientes submetidos a cirurgias com CEC: A assistência de enfermagem ocorre de forma intensiva detectando alterações e prevenindo efeitos deletérios, onde a falta de habilidade e atenção podem gerar falhas durante a assistência. Concluiu-se que a utilização da CEC é questionável sobre seu beneficio e riscos. Porém quando realizada com domínio e aprimoramento torna-se um procedimento sem maiores danos. O conhecimento dos enfermeiros acerca do perfil dos pacientes operados com o uso da CEC proporciona subsídios para o planejamento de um cuidado intensivo.