Introdução: Embora a gestação seja um evento biológico normal para a maioria das mulheres, esta também pode apresentar uma situação de alto risco, tanto para a gestante como para o feto, ocorrendo distúrbios que interferem com o desenvolvimento fetal normal, com o parto e o pós-parto. A expressão “hipertensão na gravidez” recebe a designação geral de Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG). Estas são caracterizadas por níveis pressão iguais ou acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica. É uma doença incurável, exceto pela interrupção da gravidez, e pode evoluir para quadros ainda mais complexos, como eclâmpsia, síndrome HELLP (haemolysis, elevated liver enzyme activity e low platelets) ou CID (coagulação intravascular disseminada). Diante desses fatos, é de suma importância que seja analisada a assistência de enfermagem diante das SHG, tanto no pré-natal na unidade básica de saúde, quanto no parto e puerpério em hospitais de referência em gravidez de alto risco. Objetivos: Identificar na literatura científica brasileira registros sobre o processo de enfermagem frente à Doença Hipertensiva Específica da Gravidez. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa. Partindo-se da leitura e reflexão das publicações nacionais 05 (cinco) artigos, dos últimos 05 (cinco) anos, descritos na literatura científica brasileira e disponíveis na íntegra, indexados na biblioteca virtual em saúde: SCIELO, sendo utilizados os descritores: “Saúde da Mulher”, “Cuidados de Enfermagem” e “Hipertensão” aplicando o operador boleano AND. Resultados: Constatou-se que assistência é executada com base na humanização e espera-se que os profissionais de enfermagem estejam aptos, tanto para detecção precoce dos sinais das (SHG), bem como iniciativas eficientes para prevenir suas complicações, no binômio mãe-bebê. Conclusão: De acordo com os indicadores de mortalidade materna e neonatal precoce, pelo fato da SHG ser de importante relevância em nível de indicadores, torna-se importante estudar a qualidade da assistência prestada à gestação de alto risco, uma vez que a melhoria na qualidade da assistência irá contribuir para garantir melhores condições à saúde reprodutiva das mulheres e reduzir o risco de mortes relacionadas à gravidez.