Introdução: De acordo com o Ministério da Saúde, o principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é “acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal”. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o puerpério é definido como o período que tem início em torno de uma hora após a dequitação da placenta e se estende pelas seis semanas seguintes. Durante este período, a puérpera passa por modificações gerais, que perduram até o retorno do organismo às condições vigentes antes da gravidez. Objetivo: Relatar a percepção de uma enfermeira residente acerca da importância da consulta puerperal. Metodologia: Trata-se de um relato de experência de caráter descritivo, baseado na vivência de uma enfermeira residente da subárea de Saúde da Mulher durante as práticas em serviço, na Unidade Básica de Saúde Ajuricaba. Resultados: A ênfase da realização da consulta puerperal deverá ser destacada nas consultas do pré-natal, para que a gestante desenvolva a consciência da sua importância e que aumente a adesão desse tipo de consulta. A continuidade clínica após a gestação é indispensável por diversas razões, este é o momento em que será desvinculada a saúde da puérpera da saúde do recém-nascido, o enfermeiro deverá valorizar o conhecimento da cliente acerca deste período, respeitando seus valores, suas crenças e tradições. Sendo importante avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido, orientar e apoiar à amamentação, identificar situações de risco ou intercorrências, orientar acerca do planejamento familiar, complementar ou realizar ações não executadas durante o pré-natal e orientar sobre os cuidados básicos com o recém-nascido. O enfermeiro deve visualizar essa ocasião como uma oportunidade favorável para a realização de ações preventivas integradas à saúde da mulher e da criança, sendo necessário construir junto às puérperas e sua família um plano de cuidados, frente a sua realidade e baseada nas suas dúvidas reais. Conclusão: O enfermeiro deve dedicar-se a escutar as demandas da puérpera, deve ser capaz de transmitir apoio e confiança necessários para a boa condução do puerpério e deve compartilhar seus conhecimentos ao mesmo tempo em que favorece a autonomia das usuárias no autocuidado e no cuidado com o recém-nascido, garantindo um puerpério saudável.