INTRODUÇÃO: A mastite puerperal ou lactação, é caracterizada por um processo infeccioso agudo das glândulas mamárias que acomete mulheres em fase de lactação, com achados clínicos que vão desde a inflamação focal, com sintomas sistêmicos como febre, mal-estar geral, astenia, calafrios e prostração, até abscessos e septicemia. Dados mostram que a mastite acomete, em média, 2 a 6% das mulheres que amamentam. Estudos recentes prospectivos mostram incidência mais elevada de até 27%, com 6,5% de recorrência. OBJETIVO: Relatar a experiência das acadêmicas de enfermagem ao desenvolver um plano de cuidado de acordo com a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) a uma puérpera acometida de mastite. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizado em um hospital de referência em Belém do Pará. As informações foram obtidas através da análise do prontuário, coleta de dados e durante exame físico, além da busca ativa de material eletrônico, através da Biblioteca Virtual da Saúde. RESULTADOS: Os principais diagnósticos encontrados foram: 1) Integridade da pele prejudicada, caracterizada por rompimento da surpefície da pele, relacionada a presença de patógeno; 2) Distúrbio na imagem corporal, caracterizada por comportamentos de monitorar o próprio corpo relacionado a lesão na mama; 3) Amamentação interrompida, caracterizada pelo desejo da mãe de oferecer seu leite para necessidades nutricionais do filho, relacionado a contraindicações à amamentação; 4) Risco de auto lesão, relacionado aos sentimentos de desesperança e de solidão; 5) Padrão de sono prejudicado, caracterizado pelo relato de dificuldade para dormir, relacionado ao estresse emocional; 6) Risco de sentimento de impotência, relacionado a não poder amamentar seus filhos. CONCLUSÃO: Observarmos a importância da sistematização da assistência de enfermagem a uma puérpera com mastite, o que, favorece um tratamento cada vez mais humanizado, individual e de qualidade, permitindo uma visão holística da paciente. Entretanto, a prevenção das complicações deve ser o maior objeto da enfermagem, devendo ser realizada através de medidas permanentes de educação, orientação e acompanhamento materno-infantil, promovendo um cuidado efetivo e sistematizado para que os objetivos sejam alcançados.